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SOFRIMENTO

Bicho-preguiça carbonizado no Rio de Janeiro retrata as consequências catastróficas das queimadas

16 de setembro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução ICMBio – APA Petrópolis

Um bicho-preguiça foi encontrado carbonizado por brigadistas do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) nesse sábado (14), depois que um incêndio destruiu parte da Reserva Biológica do Tinguá, no trecho de Nova Iguaçu. A Rebio está inserida em quatro municípios: Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Nova Iguaçu. A foto revela o quanto têm sido devastadores os incêndios em reservas florestais da região.

“A preguiça foi encontrada caída no meio da floresta. Os animais mais vulneráveis são exatamente esses animais mais lentos, que rastejam, por exemplo, serpentes. É muito comum de falecerem. Animais que ficam entocados também. Pode acontecer de serem queimados. Enfim, esses animais que têm maior dificuldade de locomoção ou que tentam se esconder, eles acabam sendo as maiores vítimas” explica o chefe da Apa-Petrópolis, Victor Valente.

O incêndio começou na sexta (13) e só foi extinto no dia seguinte. Segundo o ICMbio, foi criminoso, mas até o momento não foi possível identificar a autoria. Ao longo da semana, o instituto vai tentar dimensionar o tamanho da área afetada.

Segundo o corpo de bombeiros, só nesse sábado (14) foram registrados sete focos de incêndio florestal em Petrópolis. Os casos mais críticos são em Cascatinha, no Monumento Natural da Serra da Maria Comprida, Na Vila de Secretário e no Caxambu, região que fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Ao todo, o corpo de bombeiros informou que extinguiu mais de 1 mil incêndios florestais, no Estado do Rio desde a criação do gabinete de gestão de crise, na última quinta-feira (12). Até o momento, em números absolutos, já foram eliminados 1.162 dos 1.199 focos registrados nos últimos três dias. Neste domingo (15), 29 focos de incêndio em vegetação ainda estão ativos e estão sendo combatidos pelos militares.

Como o tempo está muito seco, o ICMBio reforça que a população não deve usar o fogo para queima de lixo ou limpeza de terreno. O cenário tem sido considerado catastrófico para as reservas florestais e qualquer fagulha pode provocar um grande incêndio.

Como a população pode denunciar queimadas

A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reforçam que provocar incêndios florestais é crime e orientam a população sobre como agir para evitar queimadas durante o período de estiagem. O alerta é importante tendo em vista dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro que apontam que mais de 95% destas ocorrências tem causa humana – acidental ou proposital.

A população deve estar atenta, evitar descartar guimbas de cigarro acesas próximo a áreas verdes e beiras de estradas; não fazer queima de lixo ou para limpeza de terreno, assim como também evitar acender fogueiras e soltar fogos de artifício. Também importante lembrar que soltar balões é crime.

Quem quiser denunciar de forma anônima pode entrar em contato com o Linha Verde pelos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) ou 2253-1177 (capital). No aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, os usuários com sistema operacional Android ou iOS, podem denunciar anexando fotos e vídeos, também com a garantia de anonimato.

Fonte: G1

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