Na tranquila Studley Grange Farm Park, em Wiltshire, Inglaterra, uma cena inesperada transformou a rotina da fazenda quando Lil, uma bezerra minúscula de apenas 13 centímetros, nasceu frágil e foi rejeitada pela própria mãe, exigindo cuidados intensivos da equipe local.
Graças à dedicação dos tratadores, Lil sobreviveu e acabou encontrando acolhimento em um lugar curioso: o escritório da fazenda. Lá, conheceu duas Border Collies, Luna e Nya, que a adotaram de forma instintiva, lambendo-a e cuidando dela como se fosse parte da ninhada.
De que forma a cabra Lil se adaptou ao novo lar entre cães?
O carinho das cachorras foi essencial para a recuperação da cabritinha. Sob a proteção de Luna e Nya, Lil ganhou força e passou a imitar o comportamento dos cães, seguindo-as em suas atividades diárias na fazenda.
Hoje, com cinco meses, ela participa das rotinas de pastoreio e até tenta “comandar” o rebanho, como se fosse um verdadeiro cão pastor.
Segundo Julia Stewart, gerente da fazenda, Lil demonstra apego intenso às suas mães adotivas, rejeitando o convívio com outras cabras sempre que tentam reaproximá-la do grupo.
Por que Lil se identifica mais com cães do que com cabras?
A forte ligação emocional criada logo após o nascimento explica muito dessa preferência. A ausência de contato com outras cabras nos primeiros dias fez Lil desenvolver uma identificação comportamental com as Border Collies que a acolheram.
Como ocorre com muitos animais órfãos, ela encontrou segurança em quem ofereceu afeto no momento mais frágil. Assim, o convívio com as cachorras moldou seus hábitos e até seu senso de identidade — um fenômeno curioso, mas natural entre espécies sociais.
O que o futuro reserva para Lil na Studley Grange Farm Park?
O destino de Lil parece promissor. A fazenda pretende continuar seu adestramento como “cão” pastor sob orientação de Nya, fortalecendo o papel que ela espontaneamente assumiu. A convivência harmoniosa entre espécies mostra que o instinto de afeto supera barreiras biológicas.
Como curiosidade, comportamentos semelhantes já foram observados em porcos e ovelhas criados por cães de pastoreio. Casos como o de Lil reforçam que, no reino animal, a empatia e o cuidado são forças poderosas capazes de redefinir até mesmo a natureza das relações.
Fonte: O Antagonista