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Bebês leões considerados "excedentes" são mortos em zoo

16 de janeiro de 2018
3 min. de leitura
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No ano seguinte, o zoo matou todos os filhotes por um motivo que muitas pessoas tem descrito como inaceitável. Segundo o site sueco SVT, os documentos do zoo revelam que os leões tinham uma saúde excelente quando morreram, mas o estabelecimento os considerava animais “excedentes”.

Foto: Facebook/Borås Djurpark

Os leões não foram os únicos. O zoo permitiu que mais três filhotes nascessem: Kiara, Banzai e Kovu e também os matou.

Em Agosto de 2016, o local anunciou o nascimento de mais quatro filhotes de leões – Potter, Weasley, Granger e Dolores. Enquanto Granger e Dolores foram transferidos para um zoo sem nome na Inglaterra, Potter e Weasley foram mortos na recentemente.

No total, o Borås Zoo matou nove filhotes de leão saudáveis nos últimos seis anos.

Muitas pessoas, incluindo ativistas pelos direitos animais,  estão revoltadas e acreditam que os filhotes foram usados para atrair visitantes ao zoo e depois foram descartados quando cresceram e não eram mais considerados atraentes – um destino triste e que não é incomum para filhotes em atrações em zoos.

“Estamos enojados pelo homicídio terrível e injustificável de nove filhotes de leões saudáveis pelo Borås Zoo na Suécia”, declarou Fleur Dawes, diretora de comunicação da In Defence of Animals, ao The Dodo.

“Os zoos frequentemente criam bebês animais para atrair multidões, então matam ‘animais excedentes’ quando eles se tornam menos lucrativos. A zootanásia é uma prática desenfreada e cancerosa que trai indivíduos inteligentes e conscientes por dinheiro”, acrescentou.

Foto: Facebook/Borås Djurpark

Na natureza, os leões africanos são considerados uma espécie vulnerável. As três principais ameaças que enfrentam são a perda de habitat, a escassez de presas e a caça.

“Matar membros desta espécie ameaçada é especialmente vil e mostra que os zoos não possuem um interesse genuíno na proteção. Este zoo desprezível é incapaz de cuidar de animais e instamos que o governo sueco coloque os animais remanescentes em um santuário onde eles possam receber cuidados genuínos e respeito”, apontou Dawes.

Infelizmente, Borås Djurpark não é o único zoo que mata animais considerados “excedentes”. Em 2015, o Odense Zoo, na Dinamarca, foi criticado por matar um leão saudável simplesmente tinha muitos leões.

Em 2014, o Copenhague Zoo matou uma girafa perfeitamente saudável, chamada Marius, na frente de visitantes, e depois publicou uma autópsia dela e deu seus restos aos leões que explorava.

“Não importa quantas vezes ouvimos sobre o assassinato intencional de animais em zoos, o choque não é menor.  Quando a decisão de matar é feita porque os animais são considerados ‘excedentes’, é devastador. Só posso esperar que esta tragédia não se torne uma outra estatística, mas antes inicie um diálogo sobre por que necessitamos de zoos quando existem alternativas viáveis para aprender e ver animais em seu ambiente natural”,  declarou Prashant Khetan, CEO e conselheiro geral da Born Free USA.

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