Um bebê de três meses foi pisoteado por um boi durante um evento na sexta-feira (08/08), em São Mateus do Sul, cidade localizada a cerca de 150 km de Curitiba (PR).
O caso aconteceu em meio à 4° edição do Festival do Cordeiro e do Laço, que aconteceu entre sexta e domingo (10/08), na Arena Cultural e Esportiva do município. Em nota, a organização do evento afirmou que o boi teria entrado em uma área restrita usada apenas por funcionários do festival.
A organização ressaltou que a família da vítima trabalha com manejo de bois e vacas em rodeios e estava no local (que estava fechado) no momento do acidente.
“A equipe da brigada de emergência, presente no evento, atuou de forma imediata, prestando os primeiros socorros e conduzindo a criança ao pronto-socorro da cidade. Um representante oficial do evento acompanhou os pais durante todo o atendimento, permanecendo com a família durante a transferência, e vem oferecendo apoio psicológico e assistência financeira necessária”, destacou a nota do festival.
O evento alegou que tem as liberações legais para ser realizado, tem suporte integral de ambulâncias e da brigada de emergência, além de cumprir as normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros e órgãos de vigilância.
Procurada, a Polícia Civil do Paraná afirmou que o caso é investigado como lesão corporal culposa.
A CNN tenta atualizações sobre o estado de saúde da vítima.
Nota da Redação: O trágico episódio ocorrido em São Mateus do Sul (PR) expõe de forma dolorosa os riscos da exploração de animais em eventos de entretenimento. Apesar de alegar possuir autorizações e cumprir normas de segurança, a própria natureza dessas práticas, que colocam seres sencientes em situações de estresse e confinamento, inevitavelmente gera episódios de violência e descontrole. Não se trata de acidentes isolados, mas de consequências previsíveis de uma atividade que insiste em transformar vidas em espetáculo. Enquanto a investigação segue, é fundamental lembrar que animais não existem para alimentar tradições que normalizam sofrimento. Além de expor famílias e espectadores a riscos, rodeios e festivais semelhantes perpetuam a objetificação de bois, bezerros e cavalos, reduzidos a instrumentos de lucro e diversão. A compaixão deve ser o caminho para construirmos novas formas de cultura e lazer, livres de crueldade, em que vidas humanas e não humanas sejam respeitadas igualmente.