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Beagles retirados de Instituto Royal correm risco de morte

18 de outubro de 2013
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Os 178 cães da raça beagle que foram resgatados do Instituto Royal, em São Roque, no interior paulista, na madrugada desta sexta-feira (18), correm o risco de morrer.

A informação é do delegado responsável pelo caso, e foi informado por representantes do Instituto Royal, que explorava os animais em testes farmacêuticos.

Em entrevista a uma emissora de TV, o delegado titular da delegacia de São Roque, Marcelo Sampaio Pontes, explicou que a exposição dos animais ao ambiente exterior, fora dos laboratórios do instituto, coloca a vida dos cães em risco.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

“A preocupação agora é que não se sabe para onde os cães que foram levados (pelos ativistas). Eles podem transmitir ou pegar algo para outros cães e para as próprias pessoas que levaram. Segundo o veterinário do instituto, eles são submetidos a tratamentos específicos. Tudo é diferente, a água, a ração. Eles correm risco de morrer por estarem expostos a um ambiente diferente do que estão acostumados”.

A gerente geral do Instituto Royal, Silvia Barreto Ortiz, reforçou no início da manhã desta sexta-feira, na saída da delegacia de São Roque, o que disse o delegado. O advogado Daniel Antônio de Souza Silva, que representa a empresa no caso, afirmou que parte do processo de obtenção dos resultados das pesquisas demanda que os animais nasçam e vivam dentro de um ambiente selado, sem que desenvolvam imunidade no contato com humanos e outros bichos.

“A doutora Silvia já disse que boa parte desses cães morrerá, já que eles não eram levados das ruas para o laboratório, mas sim nasciam lá. Além de só terem contato com três ou quatro pessoas, eles tinham acesso a uma comida processada, seguindo diversos processos de higiene, tanto para os animais quanto para as poucas pessoas que tinham contato com eles. Eles não têm contato com doenças, então parece até óbvio o que vai acontecer.

O advogado do Instituto citou o exemplo das instalações que abrigam ratos e camundongos (que não foram levados pelos ativistas). Silva comentou que a troca de oxigênio para esses animais ocorre com uma frequência impossível de ser reproduzida no mundo exterior, o que comprova o caráter especifico dos trabalhos realizados pela empresa.

“Veja as fotos que estão divulgando agora [da retirada dos animais pelos ativistas]. Eles parecem estar maltratados? Se eles fossem, garanto que essas pessoas teriam o maior interesse em mostrar essas imagens, para corroborar o que dizem. Mas não é isso que se vê. As outras fotos que circulavam antes dessa invasão foram colhidas por eles na internet, é só você procurar no Google que você encontra beagle mutilado ou coelho sem olho. Isso não saiu do instituto”.

Fonte: R7

Nota da redação:  Se morrerem, morrerão de forma digna e em liberdade, nos braços de pessoas que verdadeiramente se importam com eles e que atuam para que não sejam vítimas da inconsciência e crueldades de alguns humanos.

 

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