Mais uma cadela da raça beagle foi encontrada em São Roque, no bairro Santo Antônio. As primeiras informações são de que moradores do bairro avistaram o animal na rua, durante a manhã desta quinta-feira (31), e ligaram para a Delegacia de São Roque, informando sobre a possibilidade de a cachorra ser do Instituto Royal.
Investigadores foram até o local e levaram a cadela até a delegacia, onde foi elaborado um registro de localização. Em seguida, representantes da Sociedade Protetora dos Animais estiveram no local e ficaram com a guarda do animal. Ainda não foi confirmado se o animal é ou não um dos 178 beagles resgatados do Instituto por ativistas na madrugada do último dia 18.
Segundo Patrícia Silva Cardoso, uma das responsáveis pela ONG, a cadela não possui chip de identificação e encontra-se isolada dos demais animais. Patrícia informou que o resgate do animal ocorreu por volta das 9h30 da manhã e que trata-se de uma fêmea já com certa idade. “As mamas já estão gastas, provavelmente essa cadela já amamentou”, diz. A inexistência de chip de identificação no cão chamou a atenção de Patrícia. “O primeiro procedimento que realizamos foi a busca pelo dispositivo e ele não foi encontrado”. Para ela, é possível que o animal não pertença à empresa.
O Instituto Royal informou, através de sua assessoria de imprensa, que todos os animais retirados do recinto na noite da invasão possuíam chip, mas que não pode-se afirmar se o animal é ou não um dos 178 levados por ativistas, já que existe a possibilidade de o dispositivo ser removido.
Caso seja confirmado que a cadela encontrada nesta quinta-feira era utilizada para testes, este será o quinto animal localizado dos 178 retirados do instituto. No dia 19, duas fêmeas da mesma raça foram encontradas abandonadas num bairro residencial da cidade, e após o resgate da polícia, foram levadas pelo deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB). No dia 23, um macho foi abandonado no bairro Marmeleiro e entregue para a Sociedade Protetora dos Animais de São Roque. Um animal foi recuperado pelo instituto no dia 27 em Valinhos, por força de um mandado judicial de busca e apreensão.
Desde o dia 29, devido a uma parceria entre a Comissão de Proteção aos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sorocaba e a Polícia Civil,os cães da raça beagle devolvidos à polícia não estão sendo entregues ao Instituto Royal, investigado por casos de tortura aos animais, e sim a ONGs. Para devolver o cão, a pessoa deverá entrar em contato com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e agendar um horário para a entrega. Um membro da comissão da OAB deverá estar presente no momento da devolução, já que esta será a responsável por encaminhar o animal a uma das ONGs, assinando um termo de responsável depositário. Ilka Micheletti ressalta que não se trata de uma convocação para que todos devolvam os bichos, e sim aqueles que não tiverem condições de cuidar do cão.
Fonte: Cruzeiro do Sul