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Basta ser vegano?

19 de outubro de 2010
3 min. de leitura
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Este assunto, que foi tema de minha participação no 2º Encontro Nacional de Direitos Animais, tem sido constante em minhas reflexões.

Será que tornar-se vegano é o objetivo final de uma existência, em termos de desenvolvimento pessoal? Claro que não. No entanto, tenho percebido esse equívoco em algumas criaturas que, por terem optado pelo veganismo, acreditam que chegaram lá, e que tornaram-se, então, automaticamente, superiores aos demais mortais habitantes da superfície de nosso sofrido planeta.

Esquecem-se talvez, de que a não agressão, o respeito a todas as formas de vida, o caráter, a boa vontade, e tantas outras qualidades são desafios diários que todos nós experimentamos na escola da vida. E que esse é um trabalho eterno.

Tá!  Mesmo que os animais estejam em primeiríssimo plano para nós, então nossos queridos animais não precisam de um habitat natural e saudável? Os irmãos das águas poderão sobreviver em meio a rios e oceanos poluídos? A s aves não precisam das árvores?  É lá que se abrigam, fazem seus ninhos, se alimentam.  E de que forma cada um de nós está participando para poupar e também para recuperar essas preciosidades, ou, ao menos não poluí-las e destruí-las ainda mais?

Não é preciso nada mirabolante: apenas consciência e vontade.  Recolhemos os dejetos de nossos cães durante os passeios e levamos para nossa própria lixeira ou a uma lixeira pública, ou preferimos dispensar numa lixeira particular, jogar no meio fio, ou ao pé de uma árvore?  Suas escolhas determinam a energia que as pessoas irradiarão para você e para seu animal.

Com relação às queridas e imprescindíveis árvores, será que cuidamos daquela que está defronte à nossa casa, prédio ou escritório? Olhamos para ela? Aguamos na seca, retiramos o lixo nela jogado e desafogamos o cimento que a sufoca? Poupamos ao máximo nosso uso de papel ?

Reutilizamos a água que gastamos nas pias, tanques e chuveiros?  Faço isso na minha casa, e não é nada complicado, é só colocar um balde ou bacia embaixo das torneiras: as águas de pias de cozinha e tanques, servem para aguar plantas e lavar pisos de quintal. A que sai do chuveiro (enquanto aquece) pode ser usada para lavar uma peça de roupa, para lavar a pia. Todas servem para jogar no vaso sanitário, evitando alguma descarga.

Dentro do quintal recolho as fezes dos cães em jornal.   Na rua, em sacolas plásticas que recolho das ruas mesmo. Já notaram a quantidade de sacolinhas que voam ao vento, porque alguém retirou o que estava dentro na saída do supermercado e abandonou a sacolinha?  Vou recolhendo e coletando para os passeios dos dias seguintes. Para minhas próprias compras levo sacola retornável.

Há muitas outras atitudes simples que podemos adaptar para nosso cotidiano. Cada um tem seu esquema de vida e sabe o que pode fazer para não deixar muitos rastros. É só adaptar ao seu próprio esquema aquilo que for possível para você. Dá um pouco mais de trabalho, mas dá muita satisfação também. Essas pequenas manifestações de amor pela natureza têm grande peso no lado positivo da balança que irradia energia para nossa mãe Terra. Que está, assim como os animais, sendo explorada ao extremo. Vamos cuidar dela oferecendo nosso amor, que transforma e cura?

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