Em um vídeo que circula nas redes sociais podemos ver três pessoas que gritam e fazem gestos em direção ao elefante-marinho. São sinais com os braços que indicam em direção ao mar, aparentam ser com o propósito de expulsar o animal da praia para a água.
Após algumas investidas o animal encaminha-se de volta ao mar, mostrando estar estressado e reagindo.
O guarda municipal ambiental Samuel Luz de Azevedo Churkin, em engrevista ao G1, explica: “Ele não é um animal agressivo, mas se alguém tentar atacar, ele pode se defender. É importante manter uma distância segura desse animal marinho. Se tiver cachorro, recomenda-se deixar preso ou até mesmo evitar chegar perto desse animal”.
Segundo a Guarda Ambiental Balneário Camboriú, denúncias sobre o ocorrido foram recebidas e nesta terça-feira (20/7) agentes do órgão acabaram tendo de isolar a área.
O elefante-marinho parou para descansar na Praia das Conchas – região central de Balneário Camboriú – na quinta-feira (15/7).
Segundo Jefferson Dick, coordenador da Unidade de Estabilização Animais Marinhos do Vale do Itajaí (Univali), o animal tem cerca de 400 quilos e é jovem.
“Esse molestamento, esse assédio em cima do animal, pode gerar um estresse muito grande e isso pode fazer com que a imunidade dele caia. O fato de não conseguir repousar o tempo suficiente pode fazer com que ele fique fraco e não consiga desenvolver as atividades de caça e de migração como deveria” -Acrescenta Jefferson em entrevista ao site G1.
O coordenador ainda explica que a espécie tem o costume de vir da região da Antártida para o Brasil nessa época do ano, em busca de águas mais quentes. Cansados com a viagem longa os animais param para descansar na costa.
Atualmente a área encontra-se isolada, com o portão que dá acesso ao local fechado. Segundo site do G1, até às 17h50 a polícia civil não havia informado se uma investigação teria sido aberta para apurar o comportamento das pessoas nas imagens.
Crime Ambiental previsto em lei
Perturbar animal silvestre é crime ambiental previsto no artigo 29 da Lei nº9.605/1998, além de infração administrativa.
Ao assistir o vídeo, o comandante da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, Fernando Magoga, conclui que a ação daquelas pessoas configura em atitude de crime ambiental.
“Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, ativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. Tem detenção prevista de 6 meses a 1 ano. No caso da infração, a multa é de R$ 500”, acrescenta Magoga, segundo portal G1.