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Banhistas encontram pinguim em praia de Salvador (BA)

20 de agosto de 2015
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Segundo veterinária, situação do animal merece atenção (Foto: Raul Aguilar | Ag. A TARDE)
Segundo veterinária, situação do animal merece atenção (Foto: Raul Aguilar | Ag. A TARDE)

Um visitante inesperado chamou a atenção de banhistas e vendedores na manhã de quarta-feira, 19, na praia de Canta Galo, no bairro da Calçada. Um pinguim de Magalhães, nativo da Patagônia, foi encontrado na praia debilitado e com sinais de desidratação.
O vendedor Sidnei Silva, de 29 anos, foi o primeiro a avistar o animal. “Eu estava caminhando, quando vi que um animal estava saindo da água se arrastando, achei que era um pombo. Só vi que era um pinguim quando cheguei mais perto”.
A princípio, o vendedor e outros banhistas fizeram o contrário do que indicam os especialistas: “Retiramos ele da água e colocamos o animal em um isopor com água gelada, para não morrer de calor. Demos um peixe para ele comer e ligamos para os bombeiros, que nos orientaram a tirar ele da água e enrolar em um pano seco”.
O pinguim foi resgatado pelo Grupamento de Polícia Ambiental da Guarda Municipal de Salvador e levado para o Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA). Em seguida, foi examinado, hidratado e colocado em uma sala aquecida, para elevar sua temperatura corporal.
A veterinária Joana Ikeda recebeu o animal e disse que a situação do pinguim merece uma atenção especial. “O pinguim está magro, com a temperatura baixa e bastante debilitado, mas deve se recuperar bem. Esses pinguins nadam bastante e, por isso, chegam aqui desgastados. Muitos morrem no mar e, os que chegam, se não recebem o tratamento adequado acabam morrendo na praia”.
Ikeda afirmou ainda que, além do desgaste no mar, os pinguins sofrem com a desinformação de muitos banhistas. “Muitas pessoas acham que os pinguins são do gelo e, por isso, ao resgatá-los, devem imediatamente colocá-los em um recipiente gelado, isso quando não ficam agarrando o animal ou passando de mão em mão. Isso deixa o animal estressado e pode levá-lo à morte se estiver bastante debilitado, sem falar nas doenças que o homem pode transmitir para o animal e vice-versa”.
Só neste mês, o IMA recebeu oito pinguins encontrados nas prais de Salvador. Depois de tratados, eles são enviados para Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), no Espírito Santo, e para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM).
Fonte: A Tarde

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