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IMPORTUNAÇÃO

Banhista é flagrado segurando tartaruga em praia de Niterói (RJ)

O caso ocorreu na Praia de Itaipu

26 de dezembro de 2025
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Famílias que aproveitaram o feriado de Natal na Praia de Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, se depararam com uma cena que causou indignação. Na tarde desta quinta-feira (25/12), um homem foi flagrado carregando uma tartaruga marinha com as mãos, em meio a banhistas que aproveitavam o dia de sol e calor intenso.

Segundo relatos de frequentadores, o animal teria sido retirado da água para que pessoas pudessem tirar fotos. O momento foi registrado em vídeos e imagens que circularam rapidamente nas redes sociais, provocando revolta entre internautas e moradores da região.

“Infelizmente isso não dá cadeia. Muito triste”, comentou um usuário. Outro escreveu que seria necessário sinalizar a praia com avisos claros sobre a proibição de segurar animais marinhos para fins recreativos, com previsão de multa. Houve ainda quem defendesse punições mais severas. “Absurdo. Esse cara tinha que ser multado e preso”, afirmou um internauta.

Entre os comentários, também apareceram relatos de pessoas que disseram já ter visto tartarugas de perto no mar, mas optaram por não se aproximar.

“Já nadei e dei de cara com uma linda. Queria ter feito uma foto, sem maldade alguma, mas sei que não pode e não fiz”, escreveu uma banhista.

A Praia de Itaipu é conhecida por registrar a presença frequente de tartarugas marinhas, especialmente em períodos de mar mais calmo, o que exige atenção redobrada dos visitantes quanto ao respeito à fauna local.

Crime ambiental

A ação de pegar uma tartaruga marinha com as mãos para tirar foto é considerada crime ambiental no Brasil, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). A legislação proíbe a captura, perseguição, caça ou qualquer forma de utilização de espécies da fauna silvestre sem autorização dos órgãos competentes, o que inclui as tartarugas marinhas.

Esses animais são protegidos por lei, e a interação humana inadequada pode causar estresse e lesões, interferir no ciclo de vida, especialmente em áreas de desova, e facilitar a transmissão de doenças entre humanos e animais.

Em situações em que uma tartaruga aparenta estar ferida ou em risco, a orientação é não tocar no animal e acionar imediatamente as autoridades competentes, como a Polícia Militar Ambiental ou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O que diz a Prefeitura

Procurada, a Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói reforça “que manter contato com animais silvestres não é recomendado e, em alguns casos, pode ser caracterizado como crime ambiental”.

A coordenadoria possui um projeto de educação ambiental e, também, uma parceria com o Projeto Aruanã.

“Diariamente são realizadas ondas periódicas nas praias da Região Oceânica e os banhistas são orientados em relação a proibição de uso de churrasqueiras e qualquer tipo de maus tratos a animais”, disse.

A Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal esclarece ainda que, ao avistar um animal silvestre, a população deve acionar o CISP pelo telefone 153 e nunca tentar alimentá-lo ou mexer.

“Casos de resgate seguem protocolos específicos, com avaliação veterinária e, se necessário, encaminhamento a centros especializados como o Cras, Cetas ou Instituto Vital Brazil”, finaliza.

Fonte: Enfoco

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