A Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) suspendeu recentemente Bangladesh por não tomar medidas suficientes para combater ao tráfico contínuo de aves ameaçadas de extinção, incluindo as espécies exóticas, como araras e periquitos da América Central e do Sul.
Esta decisão segue-se a relatos de que Bangladesh não regulamentou suficientemente seu comércio de aves, apesar de abrigar mais de 700 espécies. Segundo a CITES, as espécies são classificadas em três Apêndices diferentes, com base no nível de ameaça que enfrentam, sendo o Apêndice I o que lista aquelas com maior risco de extinção.
Apesar das regulamentações, muitas dessas aves estão sendo traficadas em Bangladesh, principalmente para o mercado de animais domésticos, violando acordos internacionais.
O Ministério do Meio Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas de Bangladesh, responsável pela proteção da vida selvagem, reconhece os problemas causados por traficantes que exploram lacunas nas regulamentações existentes. A resposta do ministério inclui a suspensão de seis das 82 fazendas privadas registradas que violaram as regras de comércio. No entanto, a aplicação da lei e a regulamentação continuam sendo desafiadoras, com o tráfico sendo desenfreado e frequentemente facilitado por plataformas online e mídias sociais.
Especialistas instam o governo a tomar ações rigorosas, incluindo uma aplicação mais precisa das disposições da CITES e uma maior conscientização pública sobre a proteção da vida selvagem. Eles argumentam que cuidar da vida selvagem é importante não apenas para a biodiversidade, mas também para manter o equilíbrio ecológico.
Enquanto Bangladesh trabalha para resolver essas violações e levantar a suspensão, a comunidade internacional observa de perto, enfatizando a necessidade de sistemas robustos para garantir que o tráfico de vida selvagem não ameace a sobrevivência das espécies. Os esforços do país nos próximos meses serão muito importantes para determinar sua reintegração como um membro em conformidade com a CITES, destacando o desafio global contínuo de equilibrar a proteção da vida selvagem com os interesses econômicos humanos.