Por João Marcos Ezaquiel Nascimento (da Redação)
Segundo proposta publicada recentemente pela U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), mais de 7,770 quilômetros quadrados seriam protegidos como um habitat essencial para a ameaçada beluga do Golfo de Cook.
A área abarcaria mais de um terço do Golfo de Cook, principalmente a porção norte de Anchorage, incluindo áreas rasas onde as baleias passam os dias de verão amamentando os bebês.
O parque abrangeria áreas bastante utilizadas para comércio, incluindo a produção de petróleo e gás, navegação comercial, pesca e despejo de esgoto municipal.
O governador do Alaska Sean Parnell comunicou que lutará contra a designação do parque. “Listar mais de 7,770 quilômetros quadrados do Golfo de Cook como um habitat essencial não seria de grande ajuda para aumentar a população de belugas, mas iria devastar as oportunidades econômicas na região,” Parnell, um Republicano, disse em um pronunciamento.
Uma decisão final, estabelecendo o habitat essencial, é esperada na primavera depois de um período de revisão publica, disse a NOAA. Sob a designação, que é regulamentada pelo Endangered Species Act (Decreto das Espécies Ameaçadas), agências federais podem não autorizar atividades que prejudiquem habitats considerados essenciais para as espécies listadas.
As belugas do Golfo de Cook, conhecidas pelo seu código genético e comportamento únicos e sua proximidade do centro urbano Alaskiano, declinaram de uma população de 1300, no começo dos anos 80, para apenas 300 espécimes.
Um período de caça excessiva por caçadores de subsistência nativos no começo dos anos 90 levou a uma grande queda populacional, de acordo com cientistas do governo, ao passo que a poluição e outros fatores ambientais impediram uma recuperação.
Fonte: Planeta Ark