Dentre as principais medidas, estão a redução das emissões de gases de efeito estufa, com o objetivo de prevenir futuras ondas de calor intensas, bem como a conservação dos habitats e da proteção de espécies vulneráveis.
Um novo estudo da Universidade de Vitória, no Canadá, analisou os catastróficos efeitos causados por uma das mais intensas e prolongadas ondas de calor marinhas já registradas, ocorrida entre 2014 e 2016.
Conhecido como “The Blob”, o fenômeno afetou gravemente os ecossistemas do Pacífico Norte ao elevar as temperaturas da superfície oceânica em até 6 ºC acima da média histórica, e causou um verdadeiro colapso ecológico.
Além de forçar a migração de diversas espécies, a onda de calor impactou diretamente as bases da produtividade oceânica, provocando alterações na composição do fitoplâncton e comprometendo a qualidade nutricional do zooplâncton, principal fonte alimentar de diversas espécies marinhas, como a baleia-cinza.
Em decorrência disso, a espécie passou a enfrentar obstáculos para se alimentar e realizar migrações, o que acabou resultando na redução populacional e comprometimento da saúde dos indivíduos.
Vale ressaltar que a diminuição das populações de baleias pode gerar um efeito em cascata ao longo da cadeia alimentar marinha, com impactos relevantes sobre outras espécies e sobre o equilíbrio dos ecossistemas oceânicos.
Conforme observado pelos especialistas envolvidos no estudo, a onda de calor extrema também afetou a disponibilidade de peixes em diversas regiões.
Diante destes resultados, os autores da pesquisa reforçaram o alerta quanto à urgência de adoção de estratégias eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, uma vez que elas podem impactar gravemente a vida oceânica.