(da Redação)
Apesar dos milhares de quilômetros que separam a Antártica da América do Sul, mais precisamente, do Brasil, as exuberantes baleias jubartes se deslocam, todo ano, para as águas tropicais do litoral brasileiro com o objetivo de se reproduzirem. O maior berço reprodutivo fica em Abrolhos, região costeira do sul da Bahia. O estado, conhecido por ser sinônimo de alegria principalmente no verão, tem nos meses de julho a novembro, uma atração à parte.
Durante a temporada, que tem início no começo de julho, é possível observar esses gigantescos e encantadores animais por meio do turismo de observação de baleias, o whalewatching. Observar e se encantar, é claro. Não há quem não se comova em ver de perto um animal tão grande – mas ao mesmo tempo tão dócil – fazendo acrobacias surpreendentes em pleno mar. Com o lema troque o arpão por uma câmera, a prática é uma das ferramentas de sensibilização do Instituto Baleia Jubarte (IBJ), com sede em Caravelas, extremo sul da Bahia e Praia do Forte, litoral norte de Salvador. De acordo com Sérgio Cipolotti, biólogo e educador ambiental do IBJ, “esse turismo além de incentivar a segurança das baleias, gera pesquisa, emprego, destaca a importância do meio ambiente e ainda aquece a economia local.”
Regulamentado pela Portaria do IBAMA nº117/96, o turismo de observação é uma eficiente ferramenta de conservação das baleias e agrega valor econômico à proteção, através da geração de renda para as comunidades locais.Na Bahia, os principais locais onde é possível realizar um cruzeiro de observação de baleias são Caravelas, Praia do Forte, Morro de São Paulo, com destaque para os dois primeiros, que abrigam bases do Instituto Baleia Jubarte. Os passeios custam em média R$ 150 e são realizados por operadoras certificadas pelo IBJ.
Encalhe de Baleias
O crescimento da população de cetáceos no litoral baiano traz também o aumento do risco de encalhes. Além das causas naturais, como perda da rota migratória e doenças, muitos são os fatores que podem levar uma baleia ou outro mamífero aquático a encalhar, tais como: encalhe em redes de pesca, colisão com embarcações, poluição sonora provocada por explosões, tráfego de navios e construções diversas no ambiente marinho.
O Programa de Resgate do Instituto Baleia Jubarte em parceria com Instituto de Mamíferos Marinhos tem um telefone de emergência que funciona 24 horas para atender os casos de encalhe.