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RIO DE JANEIRO

Baleias-jubarte: aparição dos animais na costa cresce 30% em 30 anos

22 de julho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano/Reprodução

A cada temporada de migração, as baleias-jubarte têm aparecido em maior número no Rio de Janeiro. O projeto Baleia Jubarte calcula que o fluxo migratório pela costa brasileira aumentou de mil indivíduos, em 1988, para 30 mil atualmente. O crescimento está associado à proibição à caça das baleias, determinada em 1986 pela Comissão Internacional das Baleias, da qual o Brasil faz parte. Com o fenômeno, embarcações anunciam passeios turísticos para avistá-las por preços que chegam a R$ 600 por pessoa.

Foto da vida: Humberto Badine fotografou baleias perto da Praia de São Conrado. A espécie passa o verão na região antártica, mas, quando as temperaturas por lá caem, no meio do ano, migram em busca das águas quentes do Nordeste brasileiro para se reproduzir. A viagem de cerca de 4.000 km pode durar até dois meses. “O Rio, assim como São Paulo e Espírito Santo, faz parte da rota migratória do animal. O filhotinho nasce na água quente e cresce para voltar às águas geladas”, disse à Folha de São Paulo o biólogo Guilherme Maricato, pesquisador do projeto Baleia Jubarte.

Pesquisadores do projeto comemoraram quando avistaram, no começo deste mês, uma baleia- jubarte fêmea nadando com o filhote em águas fluminenses. Foi a segunda vez que viram um filhote por aqui e, pela estimativa deles, ele é carioca de nascimento. Uma jubarte recém-nascida pode alcançar 4 metros de comprimento e até 1 tonelada. O crescimento é rápido —ganham cerca de 20 kg por dia, graças ao leite materno rico em gordura. As adultas chegam a 16 metros e 40 toneladas.

O aumento da presença de jubartes na costa brasileira auxiliou no desenvolvimento das pesquisas científicas sobre a espécie. Quando há uma aparição no mar, pesquisadores usam câmeras de longo alcance, cronômetros e drones para identificar a cor e o formato da cauda, o tamanho, a capacidade de permanecer debaixo d’água e o comportamento da jubarte.

Fonte: Veja

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