Cientistas encontraram, na Baía de Guanabara, no RJ, dez espécies em extinção e um crustáceo que nunca havia sido identificado. Apesar da poluição, a natureza continua forte e a Baía mostra uma biodiversidade abundante.
O lixo que chega às praias da Baía de Guanabara é apenas uma parte do que é despejado nas águas. Diariamente, a baía recebe cerca de 20 toneladas de esgoto. Com este cenário fica difícil imaginar que há duzentos anos, era comum ver baleias por aqui. Hoje, com sorte, ainda são encontrados alguns golfinhos. Mesmo assim, a natureza resiste.
Um estudo coordenado pela Petrobras envolvendo universidades de várias partes do Brasil começou a mapear a biodiversidade da Baía de Guanabara. Pesquisadores identificaram dez espécies ameaçadas de extinção e até um pequeno crustáceo até então desconhecido pela ciência. O Ruffosius fluminensis foi encontrado nas areias da praia vermelha, na Urca.
A Área de Proteção Ambiental de Guapimirim é um dos fatores responsáveis por essa biodiversidade. A região tem um dos poucos trechos de manguezal na baía de Guanabara que permanecem sem a interferência humana.
Grande parte da área foi recuperada. Dentro da unidade de conservação, na reserva ecológica da Guanabara, ainda existe mata nativa. Uma amostra de como era a região quando os portugueses chegaram, há quinhentos anos.
A segunda fase do estudo deve começar no próximo ano. O objetivo é monitorar regularmente a região para medir o poder de resistência da natureza
Fonte: Band