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DOR E SOFRIMENTO

Baleia-jubarte faz viagem de 5 mil km com a coluna quebrada e corre risco de morte

11 de dezembro de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação/BC Whales

Uma baleia-jubarte viajou cerca de 5 mil km com a coluna quebrada, em uma viagem de quase três meses, entre a costa oeste do Canadá e o Havaí. Batizado de Moon (lua, em inglês), o cetáceo corre risco de morte, de acordo com a organização sem fins lucrativos BC Whales.

Moon foi fotografada por um drone em 7 de setembro no litoral canadense. Em 1° de dezembro um outro registro foi feito, desta vez, na ilha do Oceano Pacífico. As duas imagens mostram a coluna da baleia em formato de um “S”.

Os pesquisadores da BC Whales acreditam que a baleia se machucou após colidir com uma embarcação. A suspeita é de que o animal esteja sentindo dor e que ele morra em breve.

“Sem o uso da cauda, ela estava literalmente fazendo o nado de peito para fazer essa migração. É absolutamente incrível. Mas também parte o coração”, disse Janie Wray, CEO da BC Whales, ao “The Guardian”.

Instituto fez o resgate e o encalhe controlado do animal, que estava enrolado em uma rede de pesca
Moon era monitorada pelos pesquisadores da ONG. Ao longo da última década, ela costumava visitar a costa canadense para se alimentar de crustáceos ricos em nutrientes. E há dois anos a baleia apareceu acompanhada de um filhote.

Foto: Divulgação/BC Whales

Mas, nesta temporada, Moon foi vista com uma lesão grave na parte inferior das costas.

“Foi um daqueles momentos ‘oh meu Deus’ quando descobrimos que era Moon. Não é como se ela tivesse escoliose ou algo que surgiu do nada. Ela foi atingida por algo muito duro”, afirmou Janie.

As baleias jubartes chegam a pesar 27 toneladas e a medir 50 metros de comprimento. Anualmente, elas fazem migração pelas águas do oceano para se reproduzirem.

“Ela está sofrendo e ainda está viva. Sabemos que ela não vai voltar para nos ver novamente. Ela vai morrer logo e todos nós sentimos que o quanto antes, melhor”, disse Janie. “Se ela estivesse em terra, poderíamos intervir. Mas como ela está no oceano e por causa de seu tamanho, não há nada que possamos fazer”, finalizou.

Fonte: O Globo

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