Uma baleia-jubarte foi encontrada morta na praia do Leblon, no Rio de Janeiro. O corpo do animal, localizado na manhã do último sábado (18), estava ao lado do Canal do Jardim de Alah.
Técnicos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (MAQUA), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), estiveram no local e colheram amostras do corpo da baleia para a realização de exames de necrópsia que poderão atestar a causa da morte.
Após a coleta, o corpo foi retirado da praia por funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Dez garis recolheram a baleia usando uma escavadeira, um trator esteira, um caminhão basculante e uma pá carregadeira.
Embora muitas baleias sejam enterradas na areia das praias onde encalham, neste ano o corpo do animal foi encaminhado para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica. Em um ato de desrespeito à dignidade animal, a jubarte teve como destino o mesmo local para onde é levado o lixo produzido pelos moradores do Rio de Janeiro.
Baleias-francas são ameaçadas pelas mudanças climáticas
O aquecimento causado pela mudança climática no Golfo do Maine resultou na diminuição da população das baleias-francas do Atlântico do Norte, tornando a espécie criticamente ameaçada e deixando conservacionistas desesperados por salvaguardas, de acordo com um estudo publicado essa semana no jornal Oceanography.
As baleias-francas são conhecidas por procurar por crustáceos gordurosos no Golfo do Maine. Mas na última década a água por lá tem aquecido mais rápido do que 99% do resto dos oceanos, e o principal alimento das baleias, que cresce em água gelada, deteriorou-se.
O resultado – baseado em uma análise de anos de plâncton, aparições de baleias-francas e as mudanças nas temperaturas do oceano – foi que a espécie agora migra do nordeste do Golfo de St Lawrence, no Canadá, para buscar por comida, e houve um enorme declínio no número de baleias fêmeas reproduzindo.
O que fazer ao encontrar animais marinhos?
Especialistas reforçam que não se deve tentar resgatar, em hipótese alguma, animais marinhos vivos ou mortos encontrados em praias brasileiras. Nestes casos, o recomendado é isolar o local, manter cães e gatos longe do animal encalhado e acionar um serviço especializado.