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ENCALHE

Baleia-jubarte de seis metros é encontrada morta com anzóis presos à mandíbula

Não foi possível concluir se a morte do animal teria alguma relação com a pesca, mesmo tendo sido encontrados anzóis presos ao corpo, porque a baleia estava em estado avançado de decomposição

9 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Instituto Biopesca

Uma baleia-jubarte com aproximadamente seis metros de comprimento foi encontrada morta no litoral de São Paulo. O corpo do animal encalhou na praia de Campos Elísios, no município de Itanhaém, na última terça-feira (7). Dois anzóis estavam presos à pele da baleia na região da mandíbula.

Na quarta-feira (8), o Instituto Biopesca informou que esteve na praia e que, após especialistas analisarem o corpo do animal, conclui-se que a baleia estava em estado avançado de decomposição – o que impediu, inclusive, que o sexo fosse determinado.

De acordo com a equipe da instituição, partes do corpo – como as nadadeiras peitorais, a causa e os ossos da cabeça – já haviam se decomposto quase que por completo, o que dificulta a ação dos especialistas na realização de exames de necrópsia que visam apontar a causa da morte.

Por conta disso, não foi possível concluir se a morte do animal teria alguma relação com a pesca, mesmo tendo sido encontrados anzóis presos ao corpo.

Responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), o Instituto Biopesca informou ao G1 que a presença de baleias, especialmente jubartes, na região é mais comum durante o inverno, já que nessa época ocorre a migração de águas frias para quentes e, por isso, esses animais passam pelo litoral brasileiro para se reproduzirem.

Durante a migração, podem ocorrer problemas que coloquem a vida desses animais em risco – muitos deles relacionados à ação humana, como a pesca. De acordo com o Biopesca, pedaços de redes com anzóis e cabos ficam à deriva no oceano e acabam ferindo e até matando baleias.

O que fazer ao encontrar animais marinhos?

Especialistas reforçam que não se deve tentar resgatar, em hipótese alguma, animais marinhos vivos ou mortos encontrados em praias brasileiras. Nestes casos, o recomendado é isolar o local, manter cães e gatos longe do animal encalhado e acionar um serviço especializado.

Na região entre Peruíbe e Praia Grande, o recomendado é que o Instituto Biopesca seja acionado pelo número 0800 642 3341 ou pelo WhatsApp da instituição.

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