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CAUSA DESCONHECIDA

Baleia é encontrada morta na praia de São Conrado (RJ)

18 de agosto de 2021
Kauana Kempner Diogo I Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

No início da manhã de quarta-feira (18), uma baleia foi encontrada morta, na Praia de São Conrado, na Zona Sul do Rio. O corpo do animal de cerca de oito metros, foi localizado próximo à descida da Avenida Niemeyer, uma equipe da  Comlurb, empresa de limpeza urbana do município, foi até o local. Banhistas e moradores da região se aproximam e tiram fotos.

No mês passado, outras duas baleias-jubartes foram encontradas mortas na praia de Ponta Negra, em Maricá, região metropolitana do estado. Um grupo de biólogos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), da UERJ, examinou o animal, mas não foi possível determinar a causa da morte devido ao estado de decomposição avançado.

Segundo o portal Extra, o mais provável é que as duas baleias tenham morrido por inanição por terem se afastado de onde estavam suas mães e, com isso, acabaram ficando sem comida. O biólogo Rafael Carvalho, que integra a equipe do Maqua, acredita na possibilidade de que as duas baleias encontradas mortas em Maricá sejam pertencentes ao mesmo grupo ou até mesmo irmãs.

Antes de recolherem os restos do mamífero da areia, uma equipe de biólogos do Maqua realizou coleta de material para autópsia, que foram levados para o Centro de Tratamento de Resíduos do Anaia, em São Gonçalo.

Também em junho, uma baleia foi encontrada na Praia da Parnaioca, na Ilha Grande, na Costa Verde, por conta de ter ficado mais de dez dias, o animal provocou um cheiro forte.

Encalhes

Somente no primeiro semestre de 2021, ao menos 48 baleias jubartes encalharam no litoral brasileiro, aponta balanço do Projeto Baleia Jubarte. Com registros iniciados em abril, e que vieram a dobrar em maio. Já em junho, os números dispararam com 32 mortes, sendo considerado o terceiro pior mês dos últimos tempos, no Brasil. O total de mortes é um número inédito para esta época do ano.

Conforme o veterinário Milton Marcondes, especialista em baleias, a situação é atípica e esses dados podem subir ainda mais até o fim do ano porque o pico de encalhes ocorre entre agosto e setembro. Comparando os números aos meses de agosto de 2017 com 46 mortes e agosto de 2018 com 45. Nesses dois anos, os encalhes ultrapassaram a barreira dos 100 registros

“Normalmente as primeiras jubartes começam aparecer em maio, em junho aumenta um pouquinho e julho já começa a ter bastante baleia. É a época que elas estão passando pelo Rio de Janeiro, indo para o banco dos Abrolhos, ao sul da Bahia e norte do Espírito Santo. O pico em que elas encalham é em agosto, que coincide com o nascimento dos filhotes, e depois esses registros começam a diminuir. Quando chega em novembro elas estão indo embora” — explica Marcondes, coordenador de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte.

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