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ENCALHE

Baleia de sete metros de comprimento é encontrada morta em Santa Catarina

Um exame necroscópico será realizado para tentar identificar a causa da morte do animal

10 de agosto de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Tiago Ghizoni/NSC

Uma baleia-jubarte com mais de sete metros de comprimento foi encontrada morta na tarde de domingo (8) em uma praia de Florianópolis, em Santa Catarina. Jovem, o animal marinho já estava em estado avançado de decomposição.

De acordo com a R3 Animal, que enviou uma equipe de especialistas à Praia da Cachoeira do Bom Jesus para analisar o caso, a baleia media aproximadamente 7,5 metros.

Um exame necroscópico será realizado para tentar identificar a causa da morte do animal. Com a morte da jubarte, sobe para 10 o número de baleias da espécie encontradas mortas em Florianópolis neste ano.

Recorde de encalhes em SC

Santa Catarina registrou 33 mortes de baleias-jubartes, sendo considerado o estado com mais encalhes de animais desta espécie em 2021. O levantamento realizado em todo o país pelo Projeto Baleia Jubarte considerou o número de baleias encalhadas até terça-feira (3/8), com um total de 97 jubartes encalhadas em todo o Brasil. No mês de junho, Santa Catarina ficou atrás de São Paulo, que registrou 10 encalhes no litoral do estado.

Nem mesmo o aumento expressivo na população de jubartes justifica o alto número de mortes, conforme explicitado pelo médico veterinário e coordenador de Pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, Milton Marcondes. “Estamos com uma temporada muito fora do padrão. Julho deste ano foi o mês com o maior número de encalhes de jubarte (48) de todos os tempos”, afirmou ao G1.

O pico de encalhes, segundo o especialista, costuma ocorrer em agosto. Por isso, há a possibilidade da situação das jubartes ficar ainda pior até o final deste ano. “E agosto costuma ser o pico dos encalhes (a única exceção foi 2015 quando o pico foi em julho e depois começou a diminuir). Então é provável que ainda tenhamos muitos encalhes pela frente”, explicou.

“Temos visto animais jovens, magros e com comportamento de alimentação em Santa Catarina. Normalmente, eles não precisariam comer no Brasil. Mas estando magros, além de mais sujeitos a doenças, eles buscam alimentos mais perto da costa, onde os pescadores também estão atrás dos peixes. Parte destes animais morreram em redes de pesca”, acrescentou o profissional, que lembrou ainda que nem sempre é fácil apontar a causa da morte das baleias por conta do estado de decomposição dos corpos.

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