“Conseguimos retirar aproximadamente seis a sete metros da zona da cauda no primeiro dia e no seguinte prosseguimos as operações puxando a carcaça para cima, através de cabos e de uma retroescavadora, para depois ser enterrada em aterro”, disse o comandante municipal José Antonio Rodrigues.
A veterinária municipal de Peniche, Ana Vieira da Silva, explicou que o Município de Peniche “tem uma rede de arrojamento de animais marinhos. Quando há um alerta, todas as outras entidades são avisadas. Neste caso, como a praia não tem uma acessibilidade fácil e a máquina não podia ir à praia, decidimos partir (a baleia) em três pedaços e removê-la dessa maneira”, disse.
A veterinária revelou ainda que antes “houve coleta de amostras de necropsia pelos técnicos da sociedade portuguesa de vida selvagem que vai analisar as causas da morte da baleia”.
As razões para o surgimento de um animal deste porte podem ser várias, desde a perda de orientação, uma doença súbita, ou o desvio da rota que por chegarem-se muito à costa acabam por morrer devido ao desnorte, já que são animais de águas profundas.
“Peniche é uma zona muito propícia para o aparecimento de animais marinhos. As pessoas não imaginam a quantidade de baleias, cachalotes, golfinhos e tartarugas de várias espécies, e focas que aparecem na costa. Sempre que há algum animal com vida o encaminhamos para uma zona de reabilitação”, explicou a técnica.
A veterinária aconselhou as pessoas que virem animais na praia a “contactarem a Polícia Marítima, a Proteção Civil Municipal ou qualquer entidade” para que sejam removidos no caso de ser um cadáver ou para serem salvos se aparecem com vida.
A operação de remoção desta baleia adulta, envolveu cerca de cinco homens da Proteção Civil, vários militares da Polícia Marítima, militares da GNR, a veterinária municipal e dois biólogos do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, uma equipe de resgate dos bombeiros, dois barcos, uma retroescavadora e um camião de transporte.
Fonte: Jornal das Caldas