Por Lobo Pasolini (da Redação)
O navio Steve Irwin do Sea Shepherd e o navio caçador de baleias Shonan Maru 2 trocaram potentes tiros de canhões, a cerca de 1.200 milhas náuticas ao sul da Austrália, segundo relatos do jornal Daily Telegraph.
O líder do Sea Shepherd, Paul Watson, disse acreditar que o Japão colocou militares a bordo do Shonan Maru 2 e possivelmente de outros navios baleeiros japoneses.
“O Shonan Maru está cheio de defesas e os tripulantes estão agindo de forma muito militar – a maneira como eles operam, a forma como se movem sobre o navio é muito diferente do ano passado”, disse ele.
“Eles têm quatro canhões sônicos este ano, enquanto no ano passado tinham um. Existem objetos pontiagudos nas laterais e redes para impedir embarque.”
Watson disse que o confronto aconteceu mais ou menos duas da tarde, quando ele contornava o Steve Irwin em torno de um iceberg, fez uma figura oito fora de vista da Shonan Maru 2 e ressurgiu dentro de algumas centenas de metros do baleeiro.
Watson disse que a frota baleeira do Japão foi ampliada este ano para quatro caçadores de baleia, um navio-fábrica, um navio de abastecimento, um navio de observação e dois navios de “segurança”.
O Shonan Maru 2 tem seguido o Steve Irwin desde que o navio da Sea Shepherd deixou Perth em 9 de dezembro. Um avião japonês de monitoramento também tem mantido vigilância constante.
O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, disse a seu colega Kevin Rudd que as ações da Sea Shepherd ameaçam a segurança da frota baleeira e pediu que a Austrália tomasse as medidas adequadas.
Acredita-se que o Sr. Rudd tenha respondido novamente ameaçando tomar medidas legais contra o Japão sobre a caça de baleias se “uma solução diplomática” se tornasse difícil, ecoando comentários semelhantes que ele fez na semana passada na Austrália.
Mas Watson lançou um duro ataque a Rudd e ao ministro do meio ambiente Peter Garrett. “Eles mentiram para ser eleitos. O Japão ri da Austrália. É muita conversa e nenhuma ação”, disse ele.
O Japão lança uma frota anual para matar baleias no sul do Oceano Antártico da Austrália, apesar da contestação e oposição física de grupos da conservação. As baleias são usadas para a alimentação no Japão, mas Tóquio usa uma brecha em uma moratória internacional que permite a caça para “pesquisa científica”.
Apesar das garantias dadas pelo novo governo centro-esquerda japonês de que não iria matar jubartes, Watson disse que a espécie está listada na autorização dos baleeiros.
“Eu vi o documento e a lista menciona 935 baleias mink, 20 baleias de barbatanas e 50 jubartes”, ele disse.
Fonte: News.com.au