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BEM-ESTAR

Baixa umidade e animais domésticos: veterinária explica como tempo seco afeta saúde de cães e gatos

Gatos persas e cães como shih tzu, buldogue francês e pug, conhecidos pelo formato achatado do rosto e focinhos curtos, podem desenvolver problemas respiratórios durante os dias mais secos.

12 de setembro de 2024
Beatriz Pereira
6 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Diante de temperaturas altas e recorde de umidade baixa por todo o estado, ter que lidar com o tempo seco e a saúde tem sido um desafio para os humanos. Mas já imaginou como essas condições podem afetar os animais domésticos?

Para responder a essa pergunta, o g1 conversou com uma especialista sobre a saúde dos animais, que apontou que raças da “cara achatada” e do focinho pequeno, têm mais problemas de saúde nestas condições.

A nova onda de calor elevou as temperaturas no interior de SP, além de fazer com que a Defesa Civil emitisse alerta para risco de incêndios e índices baixíssimos de umidade do ar. Além disso, as queimadas aumentaram a presença de fumaça na atmosfera, o que pode prejudicar a saúde da população e a dos animais.

De acordo com a veterinária Isis Eduarda Braga Vieira, o tempo seco pode prejudicar a saúde dos cães e a dos gatos, uma vez que pode ocorrer desidratação, irritação em mucosas sensíveis, como do olho, e ainda acarretar problemas de pele.

Entre os animais que precisam de cuidado redobrado nesta época climática, estão os filhotes, de qualquer raça, e os animais de raças braquicefálicas como os gatos persas e cães como shih tzubuldogue francês e pug, que possuem a “cara achatada” e focinhos pequenos em relação ao tamanho do crânio.

“Filhotes ainda não possuem o controle regulatório do organismo totalmente desenvolvido, tendo que receber atenção redobrada em épocas secas do ano, assim como as raças braquicefálicas, que em sua maioria, possuem dificuldade respiratória”, explica.

A especialista também acrescenta que a seca pode causar problemas alérgicos nos animais, tanto alergias respiratórias, como dermatológicas, além disso, conjuntivites e infecções secundárias por coceiras alérgicas são comuns nessa época de baixa umidade.

Estes problemas podem ser evitados com cuidados simples no dia-a-dia, destaca a veterinária. Se os tutores estiverem atentos aos sintomas e ajudarem o animal a passar pelo período de seca, estarão evitando que ocorram problemas mais graves, como o desenvolvimento de doenças crônicas.

Raças braquicefálicas

Devido a baixa umidade, tutoras de animais de raças braquicefálicas buscam aliviar a sensação quente com banhos de piscina, picolés de frutas, umidificadores e até molhando as patinhas.

A shihtzu batizada de Maya, da estudante de medicina Mariana Pires Rodrigues, de Itapetininga, adora brincar e interagir com os tutores, mas segundo Mariana, o calor e o tempo seco fazem com que ela interrompa essas brincadeiras e se hidrate com maior frequência.

“O que eu percebo, é que neste tempo seco, muitas vezes ela fica cansada, quando ela tá brincando com a gente por exemplo, ela fica ofegante muito mais rápido e bebe bastante água também”, relata a estudante.

O filhote de pug batizado de Burg, da biomédica Júlia Mendes Lacerda Meira Telles, também moradora de Itapetininga, está bem agitado e ofegante nestes últimos dias, mesmo estando dentro de casa.

“Pra aliviar, eu ligo o ventilador e molho as patinhas dele, outra coisa que reparei é que ele fica inquieto, tentando achar um lugar fresco pra deitar”, conta a biomédica.

O pug Costela, da comerciante Sandra Almeida, também de Itapetininga, se sente muito exausto e desconfortável com as altas temperaturas e, ao g1, a tutora dele contou que evita deixar que ele se canse demais neste dias quentes e prioriza que ele tome alguns banhos de piscina e até picolés de frutas.

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