Equipes de veterinários e atiradores da polícia sacrificaram cerca de 58 mil cachorros de rua em Bagdá e vizinhanças nos últimos três meses. A medida faz parte de uma campanha para conter o crescente números de cães.
O governo local de Bagdá disse em comunicado divulgado no domingo (sábado, 10, em Brasília) que 20 equipes têm percorrido Bagdá e distritos vizinhos diariamente, procurando pelos cachorros e sacrificando-os.
As equipes começam seu trabalho diariamente às 6h, de forma coordenada com forças de segurança na área, para assegurar que não sejam confundidos com insurgentes e atacados.
Antes de as equipes entrarem em uma região, moradores também são notificados, e alertados para não pegar carne que encontram no chão, pois pode ser a comida envenenada usada para atrair e matar os cachorros.
A caça aos cães de ruas – que as autoridades estimam ser cerca de 1,25 milhão – está ironicamente ligada ao que autoridades afirmam ser uma melhora em alguns elementos da vida cotidiana em Bagdá. A cidade tem batalhado por sete anos para voltar à normalidade após a invasão liderado pelos EUA que derrubou o ditador Saddam Hussein.
Segundo as autoridades veterinárias, com mercados abertos e a volta da vida normal na capital iraquiana, os cães têm encontrado mais comida e lixos maiores.
A operação, que foi anunciada pela primeira vez no final de 2008, apenas começou de verdade em abril, após ter recebido recursos. Não há registros de abrigos para cães em Bagdá.
Durante a ditadura de Saddam Hussein, cachorros de rua eram normalmente mortos a tiro. Seus números aumentaram regularmente após a invasão americana em 2003.
Fonte: Folha de São Paulo
Nota da Redação: Mais uma vez os animais são vítimas de ações cruéis de seres humanos. Existe uma série de práticas a serem adotadas para o controle populacional de animais, como a castração e programas de adoção. Esta matança indiscriminada de animais de rua apenas retrata a selvageria de uma nação que, não bastasse o sofrimento vivido pela guerra, espalha o sangue de inocentes que não podem se defender da crueldade e da insanidade da espécie humana.