A eutanásia de três babuínos na Península do Cabo, no sudoeste do continente africano, gerou protestos entre ativistas pelos direitos animais. A presidente da ONG Conservação Civil da Península do Cabo (CPCC), Lynda Silk, descreveu a “matança” dos babuínos como chocante.
Silk contou que os residentes notaram o desaparecimento dos babuínos duas semanas atrás. “Até quarta-feira da semana passada, havia uma preocupação profunda de que nenhum morador tinha visto Creamy, embora os outros de seu grupo ainda fossem vistos. Subsequentemente, nos tornamos cientes de que babuínos de outras tropas também estavam desaparecidos”, explicou.
Creamy era um babuíno muito conhecido pelos moradores da península.
A presidente da CPCC acusou a Equipe Conjunta de Gestão de Babuínos da Península do Cabo (CPBMJTT) de não perder tempo em usar um estilo de gestão que não tem o apoio total do público.
“A morte de Creamy junto com a matança pelas autoridades de outros dois babuínos adultos saudáveis, Jody e Junior, de dois bandos próximos, trouxe uma onda de choque, tristeza e indignação dos residentes da Península e até mesmo de todo o país”, declarou Silk.
Ela conta que há cerca de uma década os babuínos adultos machos da Península do Cabo eram regularmente mortos pelas autoridades, por serem classificados como machos invasores. De acordo com Silk, o termo “invasão” é aplicado antropomorficamente, atribuindo intenções humanas ao comportamento natural dos animais.
“Não é certo que os babuínos recebam uma sentença de morte por comer de lixeiras ou casas desprotegidas quando nós, a supostamente mais inteligente espécie, não temos consequências por disponibilizar tais oportunidades”, disse ela.