Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Por 17 anos, Tilin era visto como nada além de uma propriedade de circo e, quando ele não estava no palco, vivia solitário. O babuíno-sagrado passava seu tempo trancado em uma pequena jaula na Bolívia. “Ele vivia próximo aos leões e com uma corrente ao redor do pescoço, ” contou James Shaw, fundador do santuário Lakeview Monkey Sanctuary, ao The Dodo.
Em setembro de 2010, ele foi resgatado pela equipe do Animal Defenders International e transferido para o santuário. Quando Tilin chegou ao Lakeview, na Inglaterra, ele não conseguia se movimentar livremente. Suas pernas eram fracas por conta da privação de exercício durante todos esses anos.
Nas semanas que se seguiram após sua chegada, seus cuidadores tinham o costume de ler para ele, para que Tilin se habituasse com a presença das pessoas. “Nós imediatamente nos encantamos com o gentil gigante. Sua alma e seu caráter estavam intactos, ” disse Shaw.
Através de uma dieta balanceada e exercícios, Tilin reconquistou força nas pernas. A sua saúde mental também estava melhorando, já que ele parou de repetir comportamentos compulsivos que havia desenvolvido em seus anos no circo.
A parte mais triste da história de Tilin, da qual ele ainda não havia se recuperado, era a solidão. Um animal tão social passou a vida toda sem nenhuma companhia da mesma espécie. Shaw e os cuidadores decidiram resolver isso o mais rápido possível.
Eles entraram em contato com uma organização chamada Animal Responsibility Cyprus, que estava abrigando uma babuína da mesma espécie de Tilin.
Tina nasceu em cativeiro em Israel. Ela foi levada para Cyprus e acabou sendo vítima do tráfico de animais. As pessoas que ficaram responsáveis por ela acabaram deixando-a em um santuário de jumentos local depois que Tina ficou grande demais.
Ela chegou ao santuário em junho de 2011. Seu primeiro encontro com Tilin foi amor à primeira vista, e os dois permanecem inseparáveis.
“Eles correram para se abraçar e pareciam muito felizes. Tilin virou para nós, humanos, como se estivesse nos mandando sair de perto. Ficamos monitorando escondidos. Toda vez que Tilin nos via, ele reclamava”, contou Shaw.
Hoje, Tilin e Tina são um casal feliz. O santuário tem planos de construir um local maior para que eles possam viver seus dias harmoniosos juntos.
“Tilin e Tina são incríveis juntos. Para dois animais que nunca haviam tido companhia da mesma espécie, é lindo ver os dois se divertindo ao sol e relaxando. Eles merecem isso após todos os traumas que passaram”, afirmou Shaw.