Por Solange Peretti (da Redação)
Muitos países da União Européia e África, assim como no Vietnã, estão criando uma cruel atividade de corridas e passeios sobre avestruzes que são oferecidos a turistas nas granjas (onde eles são criados para carne de corte), em alguns zoológicos ou em “festivais de avestruzes” (que o exploram como entretenimento).
Ainda que sejam criados em granjas, primeiramente para a obtenção de suas plumas e depois por sua carne, não são animais domésticos, são animais selvagens que ficam tímidos e assustados com toda a exibição a que são forçados e ainda são obrigados a participar de atividades estressantes e extenuantes.
Estes animais têm pescoço e patas muito grandes e frágeis. Nestes passeios e corridas, as pessoas montam sobre eles com uma cela especial e se agarram às asas. Também participam de corridas arrastando uma espécie de charrete. Para preparar-los para as corridas, eles são encapuzados.
Os passeios e as corridas provocam feridas e inclusive a morte dos animais. É comum ver estes animais tropeçando e caindo de medo, de cansaço ou por causa do peso da pessoa que o monta. Nas corridas é comum quebrarem as patas e caírem por causa do stress, o esforço excessivo, às altas temperaturas ou até mesmo mortos.
É freqüente observar sinais de esgotamento nervoso nos animais e arquejo excessivo ( já foram vistos animais arquejarem até 5 vezes mais rápido do que o normal antes de começar as “atividades”). Muitos animais aparecem com partes sem plumas que são arrancadas durante o passeio ou corrida.
Mesmo que alcancem 72 Km/h, correm de maneira errante e é difícil que sigam em linha reta, muitas vezes são forçados agressivamente a continuar o trajeto. Inclusive sua visão é ampla e adaptada para as vastas planícies e não para estas situações “anormais”.