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Aves têm o cérebro 5% menor depois acidente de Chernobyl

6 de fevereiro de 2011
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As aves que vivem junto ao local onde ocorreu o acidente nuclear em Chernobyl têm o cérebro 5% menor, um efeito diretamente relacionado com a radiação. Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de terem estudado 550 pássaros de 48 diferentes espécies que vivem na região, segundo um estudo publicado no jornal PloS One, citado pela BBC.

O tamanho do cérebro é significativamente menor nos jovens do que nas aves mais velhas. Os cientistas julgam que cérebros menores estão relacionados com menos capacidades cognitivas. O estudo foi realizado por investigadores noruegueses, franceses e americanos, liderados por Timothy Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, e Anders Moller, da Universidade de Paris-Sud.

Em abril de 1986, o reator número 4 da Central Nuclear de Chernobyl explodiu. Após o acidente, foram registados vestígios de radioatividade em praticamente todos os países do hemisfério norte. Desde então, o local do acidente tem estado vedado aos seres humanos. Apenas os cientistas são autorizados a entrar na zona para estudar o impacto da radiação no ecossistema.

Aves sujeitas a situação de estresse são capazes de alterar o tamanho de alguns dos seus órgãos, de forma a conseguirem sobreviver em situações difíceis. Por exemplos, aves que viajaram longas distâncias encolhem os seus órgãos para conseguirem mais energia. Mas o cérebro é sempre o último a ser sacrificado, dizem os cientistas. O que significa que a radiação poderá ter efeitos ainda piores nos outros órgãos.

Fonte: JN

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