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Aves silvestres em cativeiro são salvas por denúncia anônima no interior de São Paulo

30 de maio de 2010
2 min. de leitura
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Uma espécie de pássaro rara de ser encontrada, o bico-de-pimenta e o famoso azulão  (ambos ameaçados de extinção) e mais 11 aves da fauna silvestre foram recuperadas ontem pela Polícia Militar Ambiental. Os pássaros eram mantidos em cativeiro por um morador do bairro Sertãozinho em Piracicaba (SP).

Uma denúncia anônima levou os policiais Albuquerque e Palma à residência do acusado, um homem de 54 anos, no bairro que fica próximo à estrada de Tupi. Segundo os policiais militares, ele permitiu a entrada na residência e mostrou onde ficavam as gaiolas na varanda.

Segundo Albuquerque, os dois papagaios, cinco pintassilgos, quatro trinca-ferro, o azulão e o bico-de-pimenta estavam bem cuidados, mas o acusado não apresentou permissão legal para criá-los em cativeiro, infligindo o artigo 29 da lei 9.605/98 sobre crimes ambientais.

Ele foi levado a prestar esclarecimentos na delegacia de plantão e responderá ao processo em liberdade. Ele contou aos policiais que cuida de pássaros por hobby e tem os papagaios há cerca de 20 anos, já eram da sua família.

As aves foram levadas a um abrigo conservacionista, onde ficarão até terem condições de voltar à natureza. A exceção deve ser os dois papagaios, que estão em cativeiro há 20 anos e podem não conseguir sobreviver sozinhos na mata.

O azulão que estava no cativeiro, segundo Albuquerque, costuma valer R$ 5.000,00. Cada trinca-ferro tem preço de R$ 1.000. Já o bico-de-pimenta não costuma ser encontrado em cativeiro. O valor dessas aves ocorre por causa do canto e é esse o motivo que leva as pessoas a terem pássaros da fauna brasileira em gaiola, cometendo um crime ambiental e esses pássaros não forem adquiridos de criadores legalizados.

O policial afirma que as pessoas que têm aves da fauna silvestre em casa podem doar os animais na base da PM Ambiental, localizada no Engenho Central, que não serão incriminadas. “Continuamos recebendo entregas voluntárias e os tutores que fizerem isso não vão responder por crime ambiental”, explicou.

Todas as aves são levadas para o abrigo. Denúncias de pássaros e animais da fauna silvestre em cativeiro e informações sobre as entregas podem ser feitas pelo telefone 3421-6827.


Fonte: Gazeta de Piracicaba

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