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RIO DE JANEIRO

Aves marinhas raras no Sudeste são encontradas na Região dos Lagos

Somente neste mês de julho, a presença de duas aves foram vistas no estado

29 de julho de 2024
Gabriella Lourenço
2 min. de leitura
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Foto: Instituto Albatroz

Nesta temporada do ano, aves marinhas de diversas espécies estão surgindo na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Além dos pinguins, que costumam visitar a área, também são vistos petréis, animais migratórios comuns em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Somente neste mês de julho, o DIÁRIO DO RIO noticiou a presença de dois animais no estado: um na Ilha do Governador e outro na praia de Rio das Ostras.

No Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, que desde junho realiza o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, duas aves da espécie petrel-gigante-do-Sul (Macronectes giganteus) estão em tratamento. Elas foram resgatadas em Saquarema e Arraial e chamam a atenção pelos tubos nasais, que são essenciais para a detecção de alimentos em vastas áreas oceânicas.

De acordo com a médica veterinária Daphne Goldberg, responsável técnica do Instituto Albatroz, durante o inverno austral, de junho a setembro, a ave realiza movimentações sazonais, afastando-se das áreas de reprodução. Nesse período, elas seguem em direção às águas subtropicais e temperadas, incluindo a costa brasileira.

Desde o início das atividades, a instituição recolheu 73 animais, dos quais 28 estavam vivos e 45 mortos. Entre eles, 20 são pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos como pinguins-de-Magalhães. Eles migram da Patagônia em busca de alimento e águas mais quentes. Devido ao longo percurso, alguns encalham nas praias devido à exaustão. Chegam enfraquecidos e com hipotermia, necessitando de cuidados específicos.

O Projeto de Monitoramento de Praias orienta sobre como agir ao encontrar e avistar um pinguim nas praias da Região dos Lagos. Confira as dicas para evitar problemas e ajudar o animal:

  • Caso o animal esteja nadando, não o retire da água e nem o encurrale. Ele pode estar apenas descansando mais perto da faixa de areia;
  • Se estiver na areia, não o devolva ao mar;
  • Não alimente;
  • Não o coloque no gelo ou em balde com água, eles estão com frio;
  • Acione imediatamente a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias através do telefone 0800 991-4800 – a mesma recomendação vale ao avistar outros animais marinhos na faixa de areia, vivos ou mortos.

Instituto Albatroz, que possui um Centro de Visitação em Cabo Frio, realiza o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, cobrindo 25 praias ao longo de 54 quilômetros de litoral. O monitoramento é realizado diariamente a pé e em quadriciclos por técnicos e monitores.

O PMP foi desenvolvido para atender às condições do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras relacionadas à produção e escoamento de petróleo e gás natural. A execução do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, supervisionado pelo Ibama.

Fonte: Diário do Rio

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