Tratadas como objetos lucrativos, aves e cabras exploradas para consumo humano foram encontradas em condições degradantes no Mercado da Produção, em Maceió, no estado de Alagoas. Na quinta-feira (1º), uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e notificou comerciantes de quatro estabelecimentos pela prática de maus-tratos.

Mantidos em ambiente inadequado e insalubre, os animais viviam sob uma cisterna que abastece o mercado, em um local com grande fluxo de pessoas por estar localizado nas proximidades de barracas de frutas e verduras, além de bares e restaurantes.

Os animais também não tinham alimentação disponível. Segundo o coordenador-geral da Vigilância Sanitária de Maceió, Airton dos Santos, há diversos relatos de que muitos animais morrem de fome e de sede no local.

“Notificamos estes ambulantes para que eles retirem os animais e transfiram para um local salubre. O risco de contaminação do ambiente com as fezes e a urina é enorme com estes animais mantidos nas condições atuais. A nossa intenção é trabalhar em conjunto com todos os comerciantes, mas precisamos notificar quando há risco à saúde pública”, disse Santos ao G1.

Os responsáveis pelos estabelecimentos têm 72 horas para levar os animais para outro local. Caso não cumpram o prazo, poderão ser denunciados à polícia.

A fiscalização realizada pela Vigilância Sanitária contou também com o apoio de técnicos da Visa de Maceió e da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), além de guardas municipais.

De acordo com a Semtabes, uma reunião será realizada com os comerciantes para que a situação dos animais seja discutida. O órgão explicou que o objetivo é definir um espaço adequado para que os ambulantes continuem trabalhando, mas sem infringir as normas estabelecidas pelo poder público.

Exploração animal

Os animais explorados para venda e para consumo humano são submetidos a extremo sofrimento. Maltratados, torturados e covardemente mortos, frangos, galinhas e cabras são vítimas da gula e da ganância. Assim como também ocorre com aves que, mesmo não sendo mortas, são comercializadas como se fossem mercadorias e amargam até o fim de suas vidas aprisionadas em gaiolas, impedidas de voar livres no céu.

Comovidos com o sofrimento animal e com os efeitos nefastos da agropecuária sobre o meio ambiente, ativistas conscientizam a população sobre a necessidade de se fazer a transição para o veganismo para deixar de ser responsável pelas atrocidades cometidas contra os animais e a natureza, que é devastada pela agropecuária por meio da poluição, do desmatamento e do desperdício de água.

Todo esse ciclo de horror prova que a carne que chega ao prato dos consumidores é resultado de uma vida miserável de um animal que teve seus direitos negados, foi explorado e tratado como um objeto descartável.