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AMEAÇA

Avanço do mar sobre o Delta do Parnaíba põe em risco manguezais, aves e preocupa moradores da região

Um grave problema para os manguezais e aves que podem ficar sem alimentação

6 de junho de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Belezas naturais

Entre o Maranhão e o Piauí, no Delta do Parnaíba, o repórter Renan Nunes mostrou que o nível das águas é uma ameaça. Com o aumento da temperatura, o Oceano Atlântico avançou sobre o lugar e já engoliu 2,5 quilômetros de terra. Um grave problema para os manguezais e para as aves, que podem ficar sem área de alimentação.

Mangues são raros: apenas 1% das florestas tropicais do mundo. E o país tem as maiores áreas contínuas. Esse berçário de vida é a casa dos maraconis.

“Esses caranguejos vermelhinhos são a principal fonte de alimento dos guarás, que é um dos animais que a gente encontra em vasta abundância aqui no Delta do Parnaíba”, explicou João Damasceno, biólogo da ONG Save Brasil.

Repórter Renan Nunes conversa com o biólogo João Damasceno — Foto: Globo Repórter

O maraconi é rico em caroteno, que dá aos guarás o tom vermelho-escarlate.

Foto: Maraconis são a principal fonte de alimento dos guarás — Foto: Globo Repórter

João Damasceno também pontuou a importância do Delta para as aves migratórias.

Foto: Delta do Parnaíba abriga guarás — Foto: Globo Repórter

“São 21 espécies que vêm aqui para o Brasil. Dessas 21, quatro estão em risco de extinção. E, consequentemente, essas aves migratórias dependem dessas áreas de estuário e de mangue. Diminuindo a área, diminui, com certeza, as populações, elas são diretamente relacionadas. Algumas espécies voam de cinco a sete dias sem parar, e, quando chegam aqui, elas só pensam única e exclusivamente em comer. Se as mudanças, alterações climáticas continuarem no ritmo que estão, então pode haver uma destruição da área de estuário, da área de mangue”.

Foto: Aves se alimentam no Delta do Parnaíba — Foto: Globo Repórter

E não só as aves saem prejudicadas. Moradores da região também já tiveram suas casas tomadas pelas águas.

“A gente perdeu área de moradia, elas perdem área de alimentação”, completou João.

Fonte: G1

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