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Avanço das cidades nas áreas de mata gera acidentes com animais

6 de maio de 2015
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Foto: Reprodução / TV TEM
Foto: Reprodução / TV TEM

As mortes de animais nas rodovias da região estão cada vez mais comuns e a explicação dos especialistas é que nós estamos cada vez mais invadindo os espaços que são dos bichos. Muitos desses animais silvestres que sofrem acidentes nas rodovias são acolhidos no Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas) de Botucatu (SP), assim como animais que sofrem maus-tratos.
A estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (Cbee) é que, anualmente, 475 milhões de animais morrem atropelados nas rodovias em todo o Brasil, mais de duas vezes a população humana do país.
Com a construção de pontes, estradas, aeroportos, desmatamento de áreas de preservação, os animais são obrigados a procurar alimento mais longe e com isso eles acabam nas áreas urbanas. Mas a falta de cuidados necessários aos animais, como cercar sítios e fazendas para evitar que animais como bois acabem nas rodovias, acabam contribuindo para o aumento de mortes.
O especialista Alex Bager explica o que fazer para evitar esse tipo de acidente. “A regra básica é comunicar as autoridades. Busque a Polícia Ambiental, o zoológico. Nunca tente capturar esses animais sozinhos, pois quando assustados eles se sentem acuados e podem revidar”, explica.
Para colaborar com a sobrevivência desses animais, as passagens de fauna construídas pela concessionária que administra o corredor Raposo Tavares são uma forma. São túneis que passam sob a rodovia de pontos em pontos. As margens também são cercadas em pontos de mata nativa para guiar os animais para as passagens.
“A melhor proposta é que nós tivéssemos grandes áreas, que esses animais não precisassem buscar áreas urbanas para sobreviver. Quando não acontece isso, temos que gerar a conexão entre os diferentes fragmentos para que eles não tenham que vir para regiões de árvores próximas da cidade. Com isso favoreceria o deslocamento desses animais de um fragmento de mata para outro. A estratégia seria plantar árvores ou criar passagens subterrâneas quando estamos falando de rodovia”, afirma Bager.
Outra forma de auxílio é o Sistema Urubu, um aplicativo gratuito para celular que permite a qualquer interessado enviar fotos de animais machucados e mortos nas rodovias e contribuir para a formação do maior banco de dados sobre atropelamentos da fauna silvestre no Brasil.
Fonte: G1

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