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Avaliação clínica revela que onças-pintadas da Reserva Mamirauá estão bem de saúde

19 de julho de 2013
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O estado de saúde das onças-pintadas da Reserva Mamirauá é ótimo. Foi o que revelou um estudo concluído recentemente pelo Instituto Mamirauá. Os animais não têm lesões cutâneas expressivas, não sofrem com ectoparasitas e têm bons indicadores nos exames laboratoriais. A conclusão foi possível com a coleta de dados durante a campanha de captura de onças-pintadas na Reserva Mamirauá, que teve início em novembro de 2012 e se estendeu até fevereiro de 2013. Cinco onças-pintadas foram capturadas, dois machos e três fêmeas.

Segundo uma das autoras do estudo, a veterinária Louise Maranhão de Melo, do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto Mamirauá, as onças anestesiadas foram examinadas minuciosamente, com coleta de material biológico, incluindo sangue para a realização de hemograma e bioquímica. O material coletado foi analisado em laboratório na cidade de Tefé (AM). O monitoramento dos animais anestesiados foi realizado aferindo-se os parâmetros fisiológicos básicos, como frequência respiratória, frequência cardíaca, temperatura, tempo de preenchimento capilar, e saturação de oxigênio através de oximetria de pulso.

Os animais foram submetidos a exame clínico avaliando-se condição corporal, hidratação, aspecto da pelagem e pele, coloração das mucosas (ocular, nasal, bucal, vulvar ou prepucial e anal), presença ou não de ectoparasitas, palpação abdominal, ausculta pulmonar, condições da integridade oral, oftalmológica, presença ou não de lesões dérmicas ou musculares palpáveis e fraturas. Também foi realizada coleta de sangue na tentativa de identificar os principais patógenos que possam estar presentes, e se os mesmos podem causar algum impacto nessas populações de onças-pintadas.

Monitoramento
As onças-pintadas da Reserva Mamirauá são monitoradas por meio de colares de telemetria, que informam via satélite, a cada dois dias, a posição do animal. Segundo o biólogo Emiliano Esterci Ramalho, responsável pela pesquisa que estuda a ecologia da onça-pintada nas florestas inundáveis de várzea da Amazônia, o principal objetivo do estudo é entender como as onças-pintadas se comportam e usam o habitat da região quando o nível da água sobe e alaga esse tipo de floresta.

Fonte: Instituto Mamirauá

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