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ESTADOS UNIDOS

Autoridades pedem explicações ao Zoológico de Los Angeles após dois elefantes serem eutanasiados no intervalo de um ano

Vereadores pedem um estudo aprofundado sobre a morte deles para verificar se os problemas estão diretamente relacionados a vida em cativeiro 

17 de maio de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Jewel no Zoológico de Los Angeles em 2020; Foto: Jamie Pham / Associated Press

Após a indignação sobre as recentes mortes de dois elefantes no Zoológico de Los Angeles, nos Estados Unidos, o Conselho da Cidade quer saber por que eles foram eutanasiados. Na quarta-feira (15/05), o conselho votou unanimemente para pedir ao zoológico um estudo que examine os fatores que levaram à morte dos dois elefantes asiáticos, Jewel e Shaunzi.

A moção foi apresentada pelos vereadores Bob Blumenfield e Eunisses Hernandez após a decisão do zoológico de eutanasiar Shaunzi, de 53 anos, em janeiro. Jewel foi eutanasiada em janeiro de 2023, aos 61 anos. “Não é um mistério. Não é como se estivessem fazendo uma necropsia para encontrar o assassino. Sabemos que eles foram eutanasiados porque estavam tendo sérios problemas médicos,” disse Blumenfield. “Parte do relatório é descobrir: Quais foram esses problemas? Isso está diretamente relacionado ao cativeiro?”

As mortes provocaram indignação entre grupos em defesa dos direitos animais, que afirmam que o cativeiro aumenta drasticamente as chances de os elefantes desenvolverem uma série de problemas médicos que podem levar a uma morte prematura. “Um elefante é o maior mamífero terrestre do mundo,” disse Courtney Scott, consultora de elefantes da In Defense of Animals. “Eles não podem sequer começar a prosperar ou ser remotamente saudáveis em um pequeno espaço.”

Scott disse que, nos últimos anos, dezenas de zoológicos fecharam seus recintos de elefantes, incluindo o Zoológico de Santa Bárbara.

As mortes deixaram o Zoológico de Los Angeles com apenas dois elefantes asiáticos remanescentes: Tina, que está na instalação desde 2010, e Billy, que está lá desde 1989.

Courtney Fern, diretora de relações governamentais da ONG Nonhuman Rights Project, disse que gostaria de ver o zoológico transferir Billy e Tina para um santuário de animais, o que ela chamou de “a única forma de cativeiro que pode chegar perto de atender às suas necessidades”. Em 2022, um painel do conselho focado no bem-estar animal recomendou que Billy fosse transferido para um santuário, devido ao comportamento “anormal”. Ativistas relataram que ele apresenta um balançar de cabeça e movimento de vai e vem repetitivos.

Os elefantes asiáticos têm uma expectativa de vida de 60 a 70 anos na natureza, segundo o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal. Eles são considerados ameaçados de extinção, com menos de 50 mil restantes.

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