Um grupo de trabalho composto por representantes de autoridades de proteção da vida selvagem foi criado, no Quênia, para proteger elefantes e rinocerontes. Na reunião foram discutidas ações urgentes contra o crime organizado na área, informa a rádio ONU.
Representantes de 12 países, incluindo Moçambique, China, Etiópia, África do Sul e Filipinas participaram no encontro, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, em Nairobi. O encontro contou igualmente com a presença de investigadores especializados na área, oficiais de parques nacionais e da polícia.
O objetivo do encontro é impedir o comércio de marfim e do chifre de rinocerontes.
Apesar de algumas ações de sucesso no combate ao crime organizado, o contrabando de elefantes para a retirada do marfim e do chifre de rinoceronte ainda continua elevado.
De acordo com o Pnuma, pessoas envolvidas no comércio também continuam a serem libertadas, mesmo quando detidas nas fronteiras com cargas ilegais.
Só em 2009, mais de 25 toneladas de marfim que seriam contrabandeadas da África e da Ásia foram interceptadas por agentes alfandegários. Relativamente à caça dos rinocerontes, a actividade mais que dobrou na África do Sul nos últimos dois anos, colocando a população total de 21 mil rinocerontes do país sob pressão.
As dinâmicas do mercado de elefantes e rinocerontes ainda são desconhecidas, de acordo com o Pnuma. Durante o encontro, o Banco Mundial comprometeu-se em oferecer a ajuda de especialistas na área de combate ao branqueamento de capitais e recuperação de ativos para ajudar a combater o fenômeno.
O gestor de Crimes Ambientais da Interpol, David Higgins, que também participou da reunião, disse que “o comércio de animais selvagens pode ter um efeito significativo na economia e segurança dos países.”
Higgins acrescentou ainda que as gangues envolvidas nesse tipo de crime são altamente armadas, e que essas atividades podem levar à redução dos receitas do turismo das nações.
Com informações do África 21