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Autor das Aventuras Tom Sawyer, Mark Twain, era apaixonado por gatos

18 de março de 2019
3 min. de leitura
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Foto: Bored Panda/Reprodução
Foto: Bored Panda/Reprodução

As aventuras de Tom Sawyer e Huckleberry Finn de Mark Tawain marcaram a vida de muitos jovens. Romances considerados clássicos americanos, os livros mostravam a natureza brutal dos tempos, abordando temas como alcoolismo e racismo com leveza e pertinência.

O nome verdadeiro de Twain era Samuel Clemens, e sua vida foi tão cheia de aventuras quanto a vida de seus personagens mais famosos.

Nascido logo após o aparecimento do Cometa de Halley, ele previu que “partiria com ele” também. O autor morreu exatamente no dia seguinte ao retorno do cometa. Elogiado como sendo o “maior humorista já produzido pelos Estados Unidos”, e referido como “o pai da literatura americana”, o autor era celebrado por público e crítica.

Uma característica talvez não tão conhecida sobre Twain foi seu amor imenso por gatos, a quem ele respeitava muito mais do que pessoas. “Se o homem pudesse ser cruzado com o gato”, ele escreveu certa vez, “isso melhoraria o homem, mas deterioraria o gato”.

Foto: Bored Panda/Reprodução
Foto: Bored Panda/Reprodução

Ele chegou a ter em sua companhia até 19 gatos ao longo de vários períodos de sua vida, dando-lhes nomes imaginativos como Apollinaris, Belzebu, Blatherskite, Buffalo Bill, Satã, Sin, Sour Mash, Tammany, Zoroastro, Soapy Sal, Pestilence e Bambino.

O afeto felino de Twain foi transmitido para sua escrita também, os gatos aparecem em algumas de suas obras mais conhecidas. Em As Aventuras de Tom Sawyer, a história sobre um gato chamado Peter, é na verdade uma experiência real da infância de Twain. Houve até mesmo um livro chamado Concerning Cats: Two Tales, da autoria de Twain, que foi publicado muito depois de sua morte em 1910. Este livro conta duas histórias sobre gatos que ele costumava ler para suas filhas para fazê-las dormir.

Dizem que Twain simplesmente não podia viver sem seus gatos, então enquanto estava de férias, ele perguntava se podia “alugar” alguém. De acordo com um artigo no New England Today, o mais famoso episódio de aluguel de gatos ocorreu em Dublin, New Hampshire, em 1906.

Foto: Bored Panda/Reprodução
Foto: Bored Panda/Reprodução

O biógrafo de Twain, Albert Bigelow Paine, estava lá quando o autor “alugou” três gatinhos para o verão. Um ele nomeou Sackcloth. Os outros dois eram idênticos e ficaram sob o nome comum de Ashes. “Ele não podia levá-los, mas por outro lado, também não queria deixá-los sem ter quem cuidasse deles”, explicou Paine, “por isso preferiu alugá-los e pagar o suficiente para garantir os cuidados com eles após sua partida”.

Twain não é o único gigante literário que gosta de gatos. Seus companheiros autores dos séculos XIX e XX, Ernest Hemingway, T.S. Eliot e Patricia Highsmith compartilhavam sua paixão pelos felinos. Talvez haja algo sobre a sensibilidade literária que combina bem com a natureza perspicaz, porém gentil do gato.

Foto: Bored Panda/Reprodução
Foto: Bored Panda/Reprodução

A revista Smithsonian diz que o maior amor felino de Twain foi Bambino, um gato que originalmente era de sua filha Clara. Depois que Bambino desapareceu, Twain escreveu um anúncio em um jornal local oferecendo uma recompensa, com a seguinte descrição artística e cheia de estilo “Grande e intensamente negro; pelo espesso e aveludado; tem uma franja rala de pelo branco no peito; difícil de ser vista na luz comum”.

Uma citação do romance de Twain de 1894, Pudd’nhead Wilson, resume bem seu sentimento pelos felinos: “Uma casa sem um gato – e um gato bem alimentado, bem acariciado e devidamente reverenciado – jamais será um lar de verdade”

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