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Austrália tem a maior biodiversidade marinha do planeta, diz censo

2 de agosto de 2010
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Os oceanos ao redor da Austrália têm a maior diversidade de vida marinha do planeta, mas o Golfo do México, agora ameaçado por um vazamento de petróleo, também é uma das cinco regiões mais ricas dos mares da Terra.

Mesmo antes do vazamento de abril, o golfo já era listado como ameaçado, de acordo com a mais recente atualização do Censo da Vida marinha, lançada nesta segunda-feira, 2.

Mark Costello do laboratório Leigh Marine, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, comentou que agora parece que “o golfo está mais ameaçado do que pensávamos”.

As regiões onde a variedade de vida está mais ameaçada tendem a ficar nos mares mais fechados, como o Mediterrâneo, Golfo do México, as plataformas continentais da China, o mar Báltico e o Caribe, diz o novo estudo, concluído antes do vazamento.

“O mar de hoje está em apuros”, disse a bióloga Nancy Knowlton, da Smithsonian Institution, líder do projeto de recifes de coral do censo. “Seus cidadãos não têm voto em nenhum país ou organismo internacional, mas estão sofrendo e precisam ser ouvidos”.

O pesquisador Ron O’Dor acrescenta que “há uma diversidade enorme debaixo d’água. O oceano não é apenas esse lençol azul de celofane. Metade do oxigênio que respiramos é produzido no oceano, e ignoramos o que ocorre lá por nossa conta e risco”.

O censo, que dura já uma década, deve ter seu relatório final divulgado em outubro, na Inglaterra. A atualização mais recente está na edição desta segunda-feira do periódico PLoS ONE.

O relatório revela que o Golfo do México, onde há intensa atividade em andamento para limpar um enorme vazamento de petróleo, é a quinta das 25 regiões do planeta com maior diversidade de vida marinha.

O golfo tem 15.374 diferentes espécies identificadas até agora. Isso representa uma média de pouco mais de 10 espécies por quilômetro quadrado.

Águas australianas têm o maior número de espécies, com 32.889, seguidas pelas do Japão, com 32.777. Em seguida vêm China, 22.365, e o Mediterrâneo, com 16.848.

Fonte: Estadão

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