Por Augusta Scheer (da Redação)
Em pronunciamento na semana passada, o governo australiano anunciou que tem planos para reduzir em cerca de dois milhões de espécimes sua população de gatos selvagens, segundo informações do site Cat Channel.
O ministro do meio ambiente Greg Hunt apresentou a “Estratégia Australiana para Espécies Ameaçadas,” um extenso guia que serviria para preservar espécies sob ameaça no país. Desgraçadamente, o documento prevê o assassinato brutal de outras espécies, como meio para atingir esse objetivo de “preservação.”
Um comissário encarregado da bárbara tarefa, Gregory Andrews, afirma que Hunt “está declarando guerra aos gatos selvagens.” Alega que esses animais estão matando espécies nativas, levando ao declínio e extinção de populações de pássaros e mamíferos.
Hunt apresentou o programa de extermínio com a seguinte afirmação: “Até 2020, quero ver dois milhões de gatos selvagens mortos, eliminados de cinco ilhas e dez lugares no continente, que serão ‘paraísos seguros’ livres desses animais, além de medidas de controle aplicadas a dez milhões de hectares.”
Segundo o documento de 68 páginas apresentado pelo ministro, algumas das táticas usadas contra esses felinos serão fuzilamento, captura com armadilhas e iscas, uso de cachorros treinados para encontrá-los, dentre outras “técnicas inovadoras de gerenciamento” – eis o termo usado no documento para descrever os métodos de assassinato.
Entidades defensoras de animais estão revoltadas diante da postura do governo australiano e exigem esclarecimentos quanto às fontes e estudos científicos citados pelas autoridades quando afirmam, por exemplo, que a “evidência científica é inequívoca, os gatos selvagens são uma das maiores ameaças aos mamíferos terrestres da Austrália.”