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Austrália acusa Japão de esconder a sua caça comercial de baleias em nome da ciência

28 de junho de 2013
2 min. de leitura
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Por Luziana Alves (da Redação)

Foto: Sea Shepherd Austrália / Eliza Muirhead
Foto: Sea Shepherd Austrália / Eliza Muirhead

A Austrália acusou nesta quarta-feira o Japão de caçar baleias por motivos comerciais, sob o pretexto de fazer por razões científicas, por motivo da celebração em Haya, na primeira sessão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), dedicado a essa disputa entre os dois estados.

“O Japão pretende cobrir sua atual caça comercial com a ciência jaleco”, disse um dos advogados do governo australiano, Bill Campbell, perante os juízes da CIJ.

Todo ano, o Japão caça centenas de baleias no Oceano Antártico, apesar de ter concordado, sob pressão dos Estados Unidos, uma moratória internacional sobre a caça comercial em 1986. Tóquio diz que está realizando uma pesquisa científica fundamental, permitida sob um tratado sobre a caça em 1946, para determinar se os números de baleias estão se recuperando.

No entanto, a Austrália, que conta com o apoio da Nova Zelândia, diz que o argumento científico é apenas um ardil para permitir que o Japão possa realizar o seu verdadeiro objetivo, que é a caça comercial de baleias.

O procurador-geral da Austrália, Justin Gleeson, disse que a pesquisa japonesa começou justamente quando a proibição da caça comercial entrou em vigor e afirmou que a caça continuou através da utilização de “barcos similares, equipes similares e técnicas similares.” “O Governo do Japão viu a caça científica como uma forma de burlar a moratória”, expressou.

O vice-ministro das Relações Exteriores japonês Koji Tsuruoka, defendeu o programa de caça científica no Japão e disse que é legal. “O Japão tem orgulho de sua tradição de viver em harmonia com a natureza e de utilizar os recursos de vida, respeitando a sua sustentabilidade”, afirmou.

Os ativistas do meio ambiente, presentes em La Haya, por sua vez, buscam uma decisão que deveria pôr fim à caça às baleias no Oceano Ártico. “Temos feito campanha para esta causa durante dez anos”, disse Geer Vons, diretor do grupo Sea Shepherd Holanda, grupo que se opõe totalmente a caça. “Se a Austrália vencer, não teremos de viajar para o Oceano Ártico para monitorar a situação”, disse ele.

Eles acreditam que a ciência não pode ser usada como um pretexto para justificar a caça comercial. “A caça comercial de baleias, seja realizada de forma aberta ou oculta, em nome da ciência, é uma prática ultrapassada e cruel, que não produz nenhum valor científico”, disse o diretor do programa de baleias do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, Patrick Ramage.

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