EnglishEspañolPortuguês

RELATÓRIO

Aumento do abuso de animais na Inglaterra e no País de Gales é alimentado pelas mídias sociais, afirma a RSPCA

11 de agosto de 2024
Redação ANDA
1 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

A crescente exposição de jovens à crueldade animal nas redes sociais está levantando preocupações entre organizações de proteção animal. Elisa Allen, vice-presidente de programas da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), destacou que o aumento de incidentes envolvendo jovens é um “lembrete gritante das consequências terríveis de não incutir empatia em relação aos animais nas crianças”. Outras instituições de caridade também expressaram preocupação sobre vídeos de maus-tratos a animais postados online para entretenimento.

Madison Rogers, chefe de advocacia da Cats Protection, observou que alguns clipes no Instagram e TikTok, onde pessoas provocam gatos até obterem uma reação agressiva, têm acumulado milhões de visualizações e curtidas. “As pessoas acham engraçado, mas o animal está em perigo”, disse Rogers, alertando que muitos não reconhecem essas ações como crueldade e acabam tentando replicá-las com seus próprios animais.

O mais recente Índice de Bondade da RSPCA, uma pesquisa nacional sobre atitudes em relação ao bem-estar animal, revelou que 43% dos jovens de 16 a 17 anos testemunharam crueldade contra animais online no último ano, quase o dobro da proporção da população adulta (22%). As plataformas mais citadas foram Instagram, TikTok e X.

Gemma Hope, diretora assistente de políticas e evidências da RSPCA, apontou duas tendências preocupantes reveladas pela pesquisa: uma crescente falta de reconhecimento da senciência animal e um declínio na afeição pelos animais entre os adolescentes. “Nos três anos em que realizamos a pesquisa, o entendimento sobre a senciência animal diminuiu”, afirmou Hope. “Se as pessoas não acreditam que os animais podem sentir dor e ter sentimentos, então elas não veem problemas em cometer atos cruéis, como disparar uma besta contra eles.”

    Você viu?

    Ir para o topo