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Casos de rinhas de cães aumentam na Argentina

24 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina) e Vinicius Siqueira (da Redação)

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

As rinhas de cães na Argentina desafortunadamente existem e são cada vez mais frequentes, sem mencionar que são muito lucrativas para os criminosos que tiram vantagem do sofrimento animal, afirmam as organizações protetoras de animais. As informações são do Nuevo Diario.

Entre as raças mais comuns estão o Dogo, Pit Bull e Rottweiler, além de outras raças que sofrem nas exaustivas sessões em que são cruelmente exploradas como iscas para outros animais treinados assassinarem, como parte do aprendizado para as rinhas. Esta prática pode gerar milhares de pesos argentinos a cada “espetáculo”.

A ilegalidade desta atividade lamentavelmente também foi favorecida pela telefonia móvel, já que através de mensagens de texto, ou mensagens em foros e chats, os apostadores combinam o horário das rinhas. Com o mesmo segredo e rapidez as brigas são suspendidas no caso de que a Polícia ou pessoas estranhas transitem perto do lugar.

O dinheiro recolhido em cada briga ultrapassa os 3 mil pesos argentinos ( 1.109 reais), dependendo da experiência e do “currículo” dos cães adversários. Segundo o jornal Nuevo Diario, a beira do Rio Dulce é um dos lugares em que são estas brigas são efetuadas, no centro-norte argentino, por sua localização, que está longe de olhares indiscretos, e também porque a areia possibilita uma maior agilidade ao animal.

Outros cenários destas reuniões (onde também realizam rinhas de galos) são as fazendas privadas das zonas da La Dársena, na província de Santiago del Estero. Em muitos casos os cães são usualmente torturados e inclusive drogados para que sua ferocidade aumente, já que as brigas geralmente funcionam com o lema de “matar ou morrer”. Nestas brigas, não há meio-termo e os animais normalmente não sobrevivem mais de 4 ou 5 brigas, já quando sobrevivem, são abandonados nas ruas ou “sacrificados” por seus mesmos tutores, pela situação de maltrato e pelas feridas.

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

Leis mais rígidas

Enquanto as rinhas crescem na Argentina, a Costa Rica estabeleceu multas de até 71 mil reais para os organizadores desta prática, juntamente com um tempo mínimo de 6 meses de prisão. A decisão, tomada no início deste mês, aconteceu após a morte de dois cães, após serem forçados a brigarem, ainda no fim do ano passado.

Após uma denúncia em que a Associação de Defensa Animal (ADA), organização local pró-direitos animais, explicitou a falta de leis específicas para rinhas de cães e para todo o conjunto de ações, como o adestramento e o comércio de animais, feito exatamente para este fim.

A proposta passou por modificações e foi aceita pela comissão legislativa do país após conseguir englobar as demandas do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senasa), a Organizacao American Stafford da Costa Rica e Associação de Defensa Animal.

Talvez esse seja um caminho plausível para a Argentina, com a intensificação da fiscalização e práticas para coibir não só as rinhas, mas o comércio de animais e o adestramento de cães unicamente para este fim.

Vários animais são explorados para a perpetuação dessas brigas, até mesmo animais que não participação dela (as iscas) e que são mortos cruelmente sob a vigilância dos treinadores e tutores dos cães que participam das lutas.

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