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HABITATS DESTRUÍDOS

Aumenta o número de resgate de animais silvestres nas áreas urbanas do país

1 de maio de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

As chuvas mais intensas e o crescimento desenfreado das cidades têm tornado cada vez comum a presença de animais silvestres nas áreas urbanas. A jiboia de um metro de comprimento apareceu numa oficina, em Caldas Novas (GO) . O animal foi capturado pelos bombeiros e levado para a natureza.

Em Guararema, interior de São Paulo, câmeras de segurança flagraram uma onça parda atravessando a rua na calada da noite. A aposentada Geralda Barbosa de Souza, moradora de um condomínio de Várzea Grande, em Mato Grosso, foi a primeira a ver a cobra. E avisou os vizinhos.

“Eu fui lá fora catar roupa no varal, aí quando eu olhei no chão estava aquela… aquele animal enorme. Eu fiquei apavorada”, relembra dona Geralda.

“A gente solicita para população que de modo algum, quando se deparar com animal silvestre não tente manuseá-lo, que acione os órgãos competentes, que com os equipamentos adequados vão fazer remoção desse animal da forma menos danosa para animal e também para a população”, alerta o tenente Fagner do Nascimento.

Só na região metropolitana de Cuiabá (MT), nos três primeiros meses de 2022, a Polícia Militar Ambiental registrou um aumento de quase 36% no resgate de animais silvestres em locais urbanos, na comparação com o mesmo período de 2021. Segundo especialistas, isso não é uma invasão dos bichos, pelo contrário, é reflexo do avanço sobre o espaço deles.

“Nós estamos ocupando cada vez mais espaços naturais e esses animais perceberamm que no ambiente urbano acaba, de uma certa forma, sendo um pouco seguro para eles, tem comida farta. Onde tem humano tem lixo, onde tem lixo tem rato, e onde tem rato pode ter serpente atraída por essa comida fácil e uma menor presença de predadores”, destaca o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto.

Chuvas e enchentes também facilitam as aparições, principalmente de jacarés e serpentes. Cabe ao ser humano melhorar essa convivência.

“Nós temos que tentar de uma certa forma criar próximos aos ambientes urbanos ou dentro deles áreas de vegetação natural que ali possam ser um refúgio para esses animais para que acabe, de uma certa forma, diminuindo a necessidade dele buscar a cidade”, afirma o biólogo.

Fonte: G1

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