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‘AuAubergue’ resgata e cuida de animais abandonados no Espírito Santo

4 de agosto de 2014
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A companhia de um animal doméstico, para muitas pessoas, é insubstituível. O afeto é tanto que alguns até se tornam membro da família e sua perda é tratada com a mesma importância. Mas não são todas as pessoas que compram ou adotam um animal que desenvolvem esse tipo de afeição. Por falta de dinheiro, espaço ou até mesmo descaso, muitos animais têm sido abandonados pelas ruas das cidades.

Quem decide resgatar os animais precisa levá-los direto a um veterinário que irá tratar o animal para que ele possa conviver de maneira saudável com seu novo tutor. Mas muitos desses tratamentos em clínicas particulares são caros e nem todos podem pagar pelo serviço. Pensando nisso, Adriana Andrade, 41, decidiu abrir um espaço para cuidar e tratar de animais resgatados e abandonados.

“O AuAubergue está funcionando há pouco mais de quatro meses. A ideia surgiu através da observação dos gastos com animais internados em clínicas veterinárias particulares que, mesmo com descontos por se tratar de animais abandonados ou resgatados, acabava se tornando um tratamento caro devido às diárias clínicas; e muitos desses animais permaneciam nas clínicas veterinárias mesmo sem a necessidade de tratamento intensivo por falta de lugar para abrigar”, conta Adriana.

O albergue é uma associação sem fins lucrativos administrada por Adriana com auxílio da médica veterinária Patricia Ribeiro de Oliveira. Localizado em Laranjeiras, na Serra, o local apresenta um terreno de 240 metros quadrados, com 15 baias de alvenaria. Além disso, o albergue possui um pequeno consultório para procedimentos simples e avaliação veterinária, um quarto para isolamento de novos animais e mais três quartos para animais que necessitam de restrição de espaço.

“Não somos um abrigo, somos uma empresa sem fins lucrativos, autossustentável. Os protetores que deixam seus animais lá para tratamento arcam com valores de mensalidade para manutenção do espaço, exames laboratoriais, vacinas e outros procedimentos. Esses valores são a preço de custo, não existe lucro”, explica Adriana.

É possível, também, adotar um dos animais resgatados que estão abrigados no AuAuburgue. Para adotar, basta comparecer na sede do albergue, portando comprovante de residência, CPF e identidade. Será feita uma entrevista prévia com o interessado que deve aceitar receber a visita dos responsáveis pelo resgate do animal em sua residência para avaliação da capacidade de mantê-lo.

Os casos de abandono de animais têm se tornado cada vez mais frequentes na Grande Vitória. Mas Adriana acredita ser possível mudar esse quadro. Para isso, ela sugere algumas ações como “o controle populacional com campanhas de castrações, obrigatoriedade de implante de chip de identificação nos animais registrando os mesmos em nome dos responsáveis e punições mais severas em casos de abandono para a população civil”.

Adoção, um ato de amor

No AuAubergue, os animais disponíveis são de diversas idades, tipos e raças. Alguns possuem necessidades especiais, outros não, mas todos estão à espera de um novo tutor. As histórias de adoção são sempre especiais para quem trabalha com resgate de animais. “É muito difícil a adoção de animais já adultos. Houve um animal de nome Minotauro, de aproximadamente dois anos, bem musculoso, resgatado por Fernanda Crema do Valle, em Jacaraípe. Minotauro ficou três meses no albergue, sem conseguir algum interessado. Quando promovemos nossa primeira feira de adoção, um senhor que havia acabado de perder seu cãozinho, chegou à feirinha e foi logo escolhendo o mesmo. Algumas pessoas que estavam lá olharam para o cão e para o senhor e disseram: ‘Mas você vai adotar esse cão velho? Tem filhotes aí para serem adotados’. E o senhor com todo respeito respondeu: ‘Eu quero esse cão. Não sou jovem mesmo. Não quero pensar que por eu ser velho tenho menos chances de ser feliz”, conta Adriana.

Manter um abrigo ou uma associação sem fins lucrativos para trabalhar com o resgate de animais abandonados requer muita dedicação. São casos como esse, contado por Adriana, que sustentam o desejo de continuar com esse trabalho. Adriana ama o que faz e ama, também, os animais. Ela tem cinco cães em casa, 13 em um sítio e uma no próprio AuAubergue.

“Cada um da equipe tem motivações diferentes, que acabam se tornando a mesma. A veterinária é motivada por ver que todo seu esforço é convertido em saúde, em reconhecimento por parte do animal pelo esforço e tempo doado para ele”, afirma.

Como adotar?

No AuAubergue, diversos animais estão disponíveis para adoção. Basta comparecer no local, com comprovante de residência, CPF e identidade. Será feita uma entrevista prévia, além de visita técnica na residência do interessado. Para conhecer os animais que estão esperando um novo tutor, acesse a página do AuAubergue no Facebook, clicando aqui.

Adoção Gatinhos ES

Quem gosta de gatos, pode procurar a Adoção Gatinhos ES para encontrar seu novo animal. Conheça os animais disponíveis na página do grupo no Facebook ou entre em contato pelo e-mail [email protected].

Morada da Floresta

A Morada da Floresta é um abrigo de animais que realiza diversas feiras de adoção pela Grande Vitória. Acesse a página do abrigo no Facebook para conhecer os bichinhos disponíveis ou entre em contato pelo e-mail [email protected] para mais informações.

Patinhas Carentes

O Patinhas Carentes é uma organização que trabalha com animais resgatados e abandonados. O grupo realiza diversas feiras de adoção em sua sede, em Vitória. A próxima acontecerá neste domingo (3), a partir das 10h. Para saber mais, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou acesse a página do grupo no Facebook.

Fonte: Sou Es

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