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Atropelamento mata animais todos os dias na Grande Curitiba (PR)

23 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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A falta de cuidados com os animais, que muitas vezes acabam fugindo, resulta na morte de pelo menos um por dia, resultado de atropelamento nas ruas e estradas da região de Curitiba. Segundo os dados da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (Spac), o número deve ser bem maior, em função da ação de voluntários que prestam o socorro a estes animais.

Na semana passada, três cavalos foram atropelados por um ônibus na Rodovia dos Minérios em Almirante Tamandaré, cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo testemunhas, os cavalos estariam andando no meio da pista. Um ônibus de linha teria atropelado os animais, após tentar frear, mas sem conseguir evitar a colisão. Os cavalos estavam bem tratados, com esporas e ferraduras, o que indicam que eles podem ter tutor.

(foto: Valquir Aureliano)
(foto: Valquir Aureliano)

No domingo da semana passada, duas éguas, mãe e filha, que estavam vagando na Rodovia João Leopoldo Jacomel no município de Piraquara, atravessaram a rodovia na frente de um ônibus da linha Vila Macedo e foram atropeladas. O motorista tentou desviar, jogou o veículo para a pista contrária, mas acabou atingindo a cabeça da eguinha mais nova, que morreu na hora.

Segundo os últimos números do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2011 foram registrados 212 atropelamento de animais nas estradas do Paraná. Dados da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) revelam que nas rodovias pedagiadas no Paraná foram registrados 121 atropelamentos de animais somente neste ano, número bem superior aos acidentes com animais informados nas rodovias pedagiadas do Rio Grande do Sul, por exemplo, onde foram 76. São levados em conta apenas dos atropelamentos informados às concessionárias.

BR-277

Por causa do alto índice de acidentes com animais, a concessionária Ecovia, que cuida do trecho da BR-277 entre Curitiba e o Litoral paranaense, tem um projeto de monitoramento da fauna, onde todos os animais silvestres que se envolvem em acidentes na estrada recebem tratamento especial. Os feridos são encaminhados para uma clínica de recuperação, localizada em Curitiba, onde têm o primeiro atendimento.

Depois disso, os animais são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Tijucas do Sul. “Aqueles que não sobrevivem são recolhidos e destinados ao Museu de História Natural do Capão da Imbuia, em Curitiba. Lá eles são taxidermizados (empalhados) ou encaminhados para estudos científicos e para fins didáticos”, explica o Especialista em Meio Ambiente da concessionária, Mário Belão.

Nos últimos quatro anos, 66 animais foram resgatados vivos, sendo que destes, 35 foram recuperados e 20 foram devolvidos ao seu ambiente natural. É comum encontrar tamanduás mirins, cachorro do mato, mão pelada, famílias inteiras de macacos e quatis, veados, corujas, tucanos e diferentes espécies de aves, além de muitos répteis.

Não somente animais silvestres se envolvem em ocorrências na BR-277. Animais domésticos também podem ser vítimas. Nesses casos, os feridos são encaminhados ao Centro de Zoonoses e os que não sobrevivem são encaminhados a um crematório contratado conveniado.

Fonte: Bem Paraná

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