A apresentadora Luisa Mell e a atriz Nicole Puzzi poderão ser indiciadas por furto qualificado. As duas são protetoras de animais e estavam presentes quando ativistas invadiram o Instituto Royal e retiraram de lá 178 cães da raça Beagle, na noite da última quinta-feira (17), em São Roque, no interior de SP. O delegado Marcelo Sampaio Pontes pretende ouvi-las nos próximos dias. “O nome delas foi aventado porque elas são conhecidas. Então, serão chamadas e podem, sim, responder por furto qualificado, se for o caso” completa o delegado.
Luisa Mell se defende afirmando que não ficou com nenhum beagle. “Eu não invadi o canil. Eu realmente entrei junto com a polícia. As pessoas começaram a passar os cachorros, eu realmente peguei, pegaria de novo. […] Faria mil vezes, só de ver a transformação desses animais, só de ver o que representou para a proteção animal, para a sociedade como um todo.”
Nicole Puzzi também se defende e diz que não ficou com qualquer cão retirado do instituto. “Se for pelos cães, eu respondo pelo que ele [delegado] quiser, mas ele tem que indiciar todo mundo que estava lá. […] Se eu tiver que ir para a cadeia por furto qualificado, eu irei feliz, porque valeu a pena pelos beagles.”
Assim como Luisa Mell, a atriz diz que não participou da invasão, apenas da remoção dos animais. “Eu não tenho força para abrir um portão na porrada, para quebrar portas e janelas. Mas eu tive força para carregar os beagles sim. Eu passei de mão em mão.”
O delegado analisa as redes sociais e imagens registradas pela imprensa durante a retirada dos cães para identificar os ativistas que participaram da ação e chamá-los para prestar depoimento. Ele também quer ouvir o que eles sabem sobre os supostos maus-tratos sofridos pelos animais.
O motivo da invasão do Instituto Royal foi, segundo os ativistas, a ausência de explicações da empresa sobre testes farmacêuticos que eram realizados nos cães. A polícia ainda aguarda a lista de clientes do laboratório para saber se pesquisas de cosméticos também eram feitas.
A Polícia Civil investiga o furto dos animais e também as denúncias de ativistas de que eles eram submetidos a maus-tratos dentro do laboratório. O Instituto Royal nega as acusações e afirma que todos os estudos eram feitos amparados na legislação vigente.
Fonte: Correio do Estado