Um homem de 50 anos foi multado em NZ$ 600 (cerca de dois mil reais) por tentar “surfar” numa orca na costa de Davenport, Auckland (Nova Zelândia). O ato, descrito como “chocante e estúpido” pelas autoridades, foi amplamente condenado.
O incidente foi registrado em vídeo e divulgado pelo Departamento de Conservação (DoC) em sua conta do Instagram. As imagens mostram o homem saltando de um barco em direção à orca, que estava acompanhada de um filhote, e nadando atrás dela enquanto as pessoas no barco aplaudem.
“Este é um comportamento estúp1do e demonstra um desrespeito chocante pelo bem-estar da orca”, afirmou Hayden Loper, principal oficial de investigação do DoC, em um comunicado. Assediar, perturbar, ferir ou matar mamíferos marinhos é ilegal de acordo com a Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos da Nova Zelândia.
O DoC iniciou uma investigação após receber denúncias de pessoas preocupadas que viram o vídeo nas redes sociais.
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Loper destacou o perigo das ações do homem, ressaltando que orcas são “imensamente poderosas” e que a situação poderia ter resultado em ferimentos tanto para a orca quanto para o homem. Além disso, perturbar um grupo de orcas com um filhote pode resultar em separação, colocando em risco a vida do filhote. “Apresenta um risco de separação do bebê do resto do grupo”, explicou Hannah Hendriks, do DoC, ao Guardian. “[Se] o filhote ainda depende da mãe para obter leite, isso pode acabar com o bebê morrendo de fome, encalhado e, por fim, morrendo.”
A reação nas redes sociais foi de indignação. Muitos usuários expressaram seu descontentamento com o comportamento do homem e com as pessoas que o incentivaram. Houve também críticas à leveza da multa, considerando que a pena máxima por violar a Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos é de dois anos de prisão ou uma multa de US$ 250.000.
A luta pelos direitos animais é uma extensão natural dos direitos humanos e ambientais, destacando a interconexão entre todos os seres vivos. Proteger os animais é, portanto, uma responsabilidade ética que contribui para um mundo mais justo e compassivo para todos.
Ao ver vídeos como este nas redes sociais, denuncie imediatamente às autoridades competentes.