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Ativistas veganos dividem opiniões após fixarem adesivos em bandejas de carne

16 de julho de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

Adesivos estão sendo fixados em embalagens de carne em supermercados da Nova Zelândia (Foto: Reprodução/1 News)

De acordo com informações da rede de TV 1 News, ativistas veganos estão sendo acusados de fixarem adesivos em bandejas de carne em supermercados da Nova Zelândia. Em um dos produtos disponibilizados em um açougue, é destacado em um adesivo que a embalagem contém partes do corpo de alguém que não queria morrer.

Em crítica à ação, representantes da indústria da carne disseram que essa é uma “tentativa ilegal de impedir que as pessoas comprem carne e que essa atitude é preocupante e perturbadora”. A cooperativa Foodstuffs North Island está pedindo que as lojas ampliem a segurança e que os produtos com os adesivos sejam retirados dos refrigeradores e isolados.

O chefe-executivo da Beef and Lamb New Zealand, Rod Slater, um dos representantes da indústria da carne, declarou que a atitude dos ativistas veganos é inadmissível. “O que eles estão fazendo é simplesmente ilegal, interferindo na vida das pessoas e em seu trabalho.”

Já o ativista Deno Stock, também ouvido pela TV 1 News, considera a reação da indústria exagerada. Ele avalia que não há nada de mais nesse tipo de ação, defendendo que são simples adesivos de conscientização, assim como os alertas que acompanham outros produtos. Ele acrescentou ainda que os adesivos são facilmente removíveis.

A porta-voz da Sociedade Vegana da Nova Zelândia, Claire Insley, declarou que a organização simpatiza com os ativistas, mas não sugere que seus membros participem da prática: “Nós vemos isso mais como ativismo e disseminação de consciência do que vandalismo.”

Claire afirmou também que esse tipo de ação não é unanimidade – há veganos que concordam e outros que não. “Mas também há muitas pessoas que pensam que essa é uma ótima maneira de estimular conscientização e levar informação para as pessoas.”

Hans Kriek, do movimento SAFE, divide a mesma opinião de Claire Insley e explicou que está envolvido na defesa dos animais há mais de 35 anos e que esse tipo de ação se associa ao crescimento do veganismo no país.

“Temos visto um grande número nos últimos cinco anos. Muitos jovens estão passando a querem agir pelos animais – e muitas pessoas estão decidindo não comer animais para se tornarem veganas ou vegetarianas.”


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