A última quinta-feira marcou o quarto dia de protestos liderados pelo movimento Animal Rebellion, em Londres, e terminou com vários de seus ativistas sendo presos após tingirem de vermelho a fonte do Victoria Memorial, situado no Palácio de Buckingham.
O protesto se formou depois que o jornal The Guardian, revelou que advogados da Rainha Elizabeth II pressionaram ministros escoceses para isentar propriedades da família Real de um projeto de lei que visa combater a mudança climática, que busca reduzir emissões de carbono, reporta o Vegazeta.
A porta-voz do movimento que apoia um sistema alimentar à base de vegetais e sem violência contra animais, Harley McDonald-Eckersall, afirma que é necessário que a família Real seja um exemplo para os ingleses em relação aos sacrifícios que devem ser feitos para reduzir a mudança climática.
“A família real é a maior proprietária de terras do Reino Unido e optou por usá-las para a pecuária e a caça, que não apenas dizimam nosso meio ambiente, mas causam a morte de milhões a cada ano. É hora de um novo sistema baseado na justiça e na compaixão, e a família real deve liderar o caminho”.
“As terras da coroa britânica devem ser usadas para cultivar alimentos saudáveis e nutritivos para todos e fornecer lares para os animais com os quais compartilhamos este país”, frisa McDonald-Eckersall. “Estamos exigindo que a rainha acabe com o uso das terras da coroa para indústrias que estão contribuindo para a emergência climática e com a morte de animais.”
O movimento pretende continuar com suas manifestações por duas semanas.
A família real tem sido alvo de protestos em relação a sua cultura de caça e pecuária há décadas, situação que só se agravou com as maiores repercussões dos impactos que tais práticas trazem para o meio ambiente.